MULHER ESCRAVA: UMA RESSIGNIFICAÇÃO HISTÓRICA
Resumo
O presente artigo busca discutir o papel da mulher escrava no Brasil a partir da obra literária "As Vítimas Algozes", escrita por Joaquim Manoel de Macedo. A obra analisada está dividida em três narrativas: Simeão: o crioulo, Pai-Raiol: o feiticeiro e Lucinda: a mucama, lembrando que esta última narrativa será a mais importante para a pesquisa por abordar questões específicas sobre a mulher escrava. Vale salientar que abordar a História da população negra no Brasil, assim como as especificidades em relação às mulheres negras escravas, é, sem dúvida, algo instigante, pois cada vez mais este assunto tem sido debatido na recente historiografia sobre a escravidão. Quando se pensa em mulher escrava, há uma necessidade de ressignificação histórica ainda maior, visto que o grupo social ao qual pertencia não teve muita atenção de historiadores em diferentes momentos históricos. Partindo dessas análises, precisa-se entender que as experiências das mulheres negras escravizadas devem ser levadas em conta ao se escrever a História da escravidão e do próprio país, pois o conhecimento de suas estratégias de sobrevivência e de mobilidade social, não apenas permitem que a História das mulheres seja vislumbrada num aspecto mais amplo, como torna possível uma revisão crítica da escrita histórica.
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