Saberes que vêm das águas: o brincar da criança quilombola da comunidade São Sebastião/PA

Conocimiento que viene del agua: el juego de los niños quilombolas de la comunidad de São Sebastião/PA

Autores

Palavras-chave:

Crianças, Saberes, Brincar

Resumo

Este estudo analisou os saberes compartilhados pelas crianças da comunidade São Sebastião, durante o brincar no rio Genipaúba, no município de Acará-PA. A fim de desvelar tais saberes, construímos a seguinte questão problema: Quais saberes estão presentes nas brincadeiras no rio vivenciadas pelas crianças da comunidade São Sebastião? No navegar dessa viagem tivemos como intérpretes onze crianças. No percurso metodológico utilizamos abordagem qualitativa. As técnicas para coletas de dados foram: observação participante, rodas de conversa, entrevista individual, diário de campo, registros fotográficos, gravação de voz e filmagem. Na interpretação dos dados utilizamos análise de conteúdo. Dessa forma, identificamos os saberes fomentados no brincar nas águas e compreendemos que o universo lúdico de nossos intérpretes se entrelaça a processos educativos e culturais.

Palavras-chave: Crianças; Saberes; Brincar.

 

 

Resumen

Este estudio analizó los conocimientos compartidos por niños de la comunidad de São Sebastião, mientras jugaban en el río Genipaúba, en el municipio de Acará-PA. Para revelar dichos conocimientos, construimos la siguiente pregunta problema: ¿Qué conocimientos están presentes en los juegos en el río vivido por niños de la Comunidad de São Sebastião? Durante este viaje contamos con once niños como intérpretes. En el enfoque metodológico se utilizó un enfoque cualitativo. Las técnicas de recolección de datos fueron: observación participante, círculos de conversación, entrevistas individuales, diario de campo, registros fotográficos, grabación de voz y filmación. Al interpretar los datos utilizamos el análisis de contenido. De esta manera, identificamos los conocimientos que se fomentan al jugar en el agua y entendemos que el universo lúdico de nuestros intérpretes se entrelaza con procesos educativos y culturales.

Palabras clave: Niños; Conocimiento; Jugar.

 

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiane de Nazaré Rodrigues da Cunha, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

Mestra em Educação (UEPA); Especialista em Educação Inclusiva (Faculdade Pan Americana); Graduada em Licenciatura Plena em Ciências Naturais, com habilitação em Biologia (UEPA); Graduada em Licenciatura Plena em Ciências da Religião (UEPA). Participa de grupos de pesquisas, como: CUMA (Culturas e Memórias Amazônicas), da Universidade do Estado do Pará, e NUPEIA (Infâncias Amazônicas: Arte, Cultura e Educação de Crianças em Diferentes Contextos), da Universidade Federal do Pará. Professora efetiva da Secretaria Municipal de Educação no município de Acará/ PA e na Secretaria Municipal de Educação no município de Ananindeua/ PA.

E-mail: tatiane-rc@hotmail.com     ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5545-2686

Referências

ALVES, E. S.; TOUTONGE, E. C. P. Saberes das águas – intertrocas contínuas entre pessoas, saberes e uma fluida ancestralidade amazônica. Revista Falas Breves, Breves-PA, n. 8, maio, 2020, Universidade Federal do Pará, Campus Universitário do Marajó – Breves.

ALVES, L. M. S. A. (org.). Educação infantil e estudos da infância na Amazônia. Belém: EDUFPA, 2007.

ANDRADE, S. S. A infância da Amazônia marajoara: práticas culturais no cotidiano das crianças ribeirinhas da Vila de Piriá-Curralinho/PA. Curitiba: CRV, 2019.

ANDRADE, S. S.; SANTOS, R. A. Crianças, culturas, tradições e saberes da Amazônia: introdução. In: ANDRADE, S. S.; SANTOS, R. A. (org.). Infâncias e Culturas Populares da Amazônia. Curitiba: CRV, 2022.

ARENHART, D. Culturas infantis e desigualdades sociais. Petrópolis: Vozes, 2016.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Trad. de Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 1977.

BRANDÃO, C. R. O que é educação. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995.

BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. São Paulo: Ed. Cortez, 1995.

CARVALHO, N. C. Entre o Rio e a Floresta: um estudo do imaginário e da ludicidade de crianças ribeirinhas. 2006. Tese (Doutorado em Educação Física) – Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, 2006.

CHIZZOTTI, A. Pesquisas em ciências humanas e sociais. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

COULON, A. Etnometodologia e educação. Petrópolis: Vozes, 1995.

CRUZ NETO, O. O trabalho de campo como descoberta e criação. In: MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cadastro de Localidades Quilombolas em 2019. Rio de Janeiro: IBGE, 2019. Disponível em: https://dadosgeociencias.ibge.gov.br/portal/apps/opsdashboard/index.html#/3e004e4eb5da44babde549994891eb64. Acesso em: 05 abr. 2022.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2011. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pa/acara.html. Acesso em: 05 abr.2022.

INGOLD, T. Da transmissão de representações à educação da atenção. Educação, Porto Alegre, v. 33, n. l, p. 6-25, jan./abr. 2010.

MARIN, R. E. A. “Itacoã no Baixo Acará – Pará: as terras dos descendentes além da Casa Grande”. In: Mapeamento de Comunidades Negras Rurais do Pará: ocupação do território e uso de recursos, descendência e modo de vida. Belém: NAEA/UFPA/SECTAM, 1999.

MARIN, R. E. A.; MONTEIRO, E; PINTO, M. R. “Portos e trapiches: espelhos de Belém e das comunidades negras rurais”. In: TRINDADE JR., S. C. C.; SILVA, M. A. P. (org.). Belém: a cidade e o rio na Amazônia. Belém, PA: EDUFPA, 2005.

MINAYO, M. C. S. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: MINAYO, M. C. S. (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 21. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.

NASCIMENTO, S. S. Saberes, brinquedos e brincadeiras: vivências lúdicas de crianças da comunidade quilombola Campo Verde/PA. 2014. 167 p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual do Pará, Belém, 2014.

OLIVEIRA, I. A. (org.). Cartografias Ribeirinhas: saberes e representações sobre práticas sociais cotidianas de alfabetizandos amazônidas. Belém: CCSE/UEPA, 2008.

OLIVEIRA, J. B. Território e políticas de ação afirmativa para remanescentes quilombolas na Amazônia: programa Raízes e Pará Quilombola nas comunidades de Itacoã-miri e Guajará-miri. 2013. 118 p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal do Pará, Belém, 2013.

PERES, E. S. Crianças Quilombolas Marajoaras: Saberes e vivências lúdicas. 2018. 200 p. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade do Estado do Pará, Belém, 2018.

POJO, E. C. Gapuiar de saberes e de processos educativos e identitários na comunidade do Rio Baixo Itacuruçá, Abaetetuba – PA. 2017. 243 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017.

SALLES, V. O negro na formação da sociedade paraense. 2. ed. Belém: Paka-Tatu, 2015.

SALLES, V. O negro no Pará: sob o regime de escravidão. 3. ed. Belém: IAP/ Programa Raízes, 2005.

TOUTONGE, E. C. P.; FREITAS, M. N. M.; PEREIRA, R. C. Saberes das águas na Amazônia: conhecimentos tradicionais, processos educativos e culturais de ribeirinhos. 1. ed. Campinas, São Paulo: Pontes Editores, 2021.

Downloads

Publicado

04/08/2024
Métricas
  • Visualizações do Artigo 24
  • pdf downloads: 46

Como Citar

RODRIGUES DA CUNHA, T. de N. Saberes que vêm das águas: o brincar da criança quilombola da comunidade São Sebastião/PA : Conocimiento que viene del agua: el juego de los niños quilombolas de la comunidad de São Sebastião/PA. Revista Cocar, [S. l.], n. 25, 2024. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/9056. Acesso em: 25 ago. 2024.