Educação Popular: O Bem Viver desconstrói a colonialidade
Popular Education: Living Well deconstructs coloniality
Palavras-chave:
Educação popular; Interculturalidade; Bem ViverResumo
O artigo apresenta o debate realizado com o professor Reinaldo Matias Fleuri na forma de Roda de Conversa, promovida pelo Núcleo de Educação Popular Paulo Freire (NEP) da Universidade do Estado do Pará (UEPA). A trajetória do pesquisador em educação popular focalizou a promoção da educação crítica e dialógica, inspirada por Paulo Freire. Em cooperação com os movimentos populares, o pesquisador buscou superar as pedagogias autoritárias e antropocêntricas, culminando na pesquisa sobre o “Bem Viver”. Nesta perspectiva intercultural, discute o próprio sentido de “pesquisar” em diálogo e parceria com os povos originários. O protagonismo desses povos, com suas culturas ancestrais, tece processos de resistência e de reexistência decoloniais, como processos vitais de reciprocidade, de complementaridade, de integralidade, geradores de conexões pessoais e coletivas de solidariedade e de criatividade. Nesta perspectiva, promover vida em plenitude se constitui como a estratégia mais radical e mais potente de se combater a colonialidade.
Palavras-chave: Educação popular; Interculturalidade; Bem Viver.
Abstract
The article presents the debate held with Professor Reinaldo Matias Fleuri in the form of a Conversation Circle, promoted by the Paulo Freire Popular Education Center (NEP) of the State University of Pará (UEPA). The researcher's trajectory in popular education focuses on the promotion of critical and dialogical education, inspired by Paulo Freire. In cooperation with popular movements, the researcher sought to overcome authoritarian and anthropocentric pedagogies, culminating in research on "Living Well". In this intercultural perspective, he discusses the very meaning of "researching" in dialogue and partnership with native peoples. The protagonism of these peoples, with their ancestral cultures, weaves processes of decolonial resistance and reexistence, as vital processes of reciprocity, complementarity, integrality, generators of personal and collective connections of solidarity and creativity. From this perspective, promoting life in plenitude is the most radical and powerful strategy to combat coloniality.
Keywords: Popular education; Interculturality; Living Well.
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