O pensamento complexo e as limitações do método científico moderno
Resumo
Pretende-se estabelecer a conexão do pensamento de Edgar Morin com a gnosiologia que está na base do método científico moderno, no contexto da elaboração de uma nova reforma do pensamento que possa superar as limitações desse método, mas considerando e ressignificando as suas potencialidades esquecidas. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, desenvolveu-se uma análise reflexiva do tema, tendo como principais categorias organizadoras do estudo, as seguintes: princípios de separação e redução, presentes no pensamento cartesiano; os ídolos de Bacon; a racionalização da filosofia moderna; caminhos de uma revolução epistemológica e reforma do pensamento. Pode-se dizer que um método baseado em uma epistemologia complexa será capaz de religar os saberes que foram fragmentados no contexto da modernidade ocidental. Se, conforme a máxima muito repetida por Edgar Morin, o caminho se faz ao andar, então o método é parte do viver e, por isso, é construção do sujeito que caminha. Nesse sentido, o pensamento reformado impulsiona a dinâmica da vida, da mesma forma que as experiências vividas movem o pensar.
Abstract
We intend to establish a connection between Edgar Morin's studies on complex thought and Gnoseology, that is at the base of the modern scientific method, in the context of the development of a reformation of thought that could overcome the limitations of the modern scientific method, whilst recovering and assigning new meanings to its forgotten potentialities. By means of a bibliographic research, we performed a reflexive analysis of the theme, and used the following as our main guiding categories: the cartesian principles of separation and reduction; Francis Bacon's theory of idols; rationalization of modern philosophy; paths to an epistemological revolution and reformation of thought. It can be said that a method developed from a complex epistemology will be able to reconnect knowledge that was shattered in the context of western modernity. If, as quoted by Morin, the path is made by walking, then method is a part of life, and thus it is built by the subject as the subject walks. In that sense, reformation of thought drives life’s developments in the same way that experience propels thought.
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