Liberdade, propriedade e formação segundo John Locke
Freedom, property and formation according to John Locke
Palavras-chave:
Liberdade; Propriedade; ohn Locke.Resumo
O presente artigo se propõe a discutir a questão da liberdade, propriedade e formação em John Locke. Se, para este pensador, a vida, a liberdade e os bens são princípios que definem o homem, afirmamos que a formação dele se inicia já na fase infantil. O dever de ensinar compete inicialmente à família e à escola, pois é nessas instituições que os adultos, já conhecedores do sentido da vida social, devem preparar os novos indivíduos. A nossa questão central aqui é mostrar o percurso para a formação do indivíduo para Locke: um gentleman, aquele que sabe reconhecer nele mesmo a liberdade e a propriedade – pressupostos para abandonar a condição de infante. Por fim, afirmamos que o adulto, para Locke, é o indivíduo que toma posse da propriedade e aprende a estendê-la por meio do trabalho, realizando, assim, a condição que traz em si desde o nascimento.
Palavras-chave: Liberdade; Propriedade; John Locke.
Abstract
This article aims to discuss the issue of freedom, property, and education in John Locke. If, for this philosopher, life, liberty, and possessions are principles that define man, we affirm that his education begins in childhood. The duty of teaching initially falls to the family and the school, since it is in these institutions that adults, already knowledgeable about the meaning of social life, must prepare the new individuals. Our central concern here is to show the path toward the formation of the individual for Locke: a gentleman, the one who knows how to recognize in himself the freedom and the property – prerequisites for abandoning the condition of an infant. Finally, we affirm that, for Locke, the adult is the individual who takes possession of property and learns to extend it through work, realizing the condition he has carried within him since birth.
Keywords: Freedom; Property; John Locke.
Downloads
Referências
HOBBES, Thomas. Do cidadão. Trad. de Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes: 1992.
ILICH, Ivan. La convivencialidad. Trad. de Matea Padilla de Gossman e José María Bulnes. México: Fondo de cultura económica, 2006. (Obras reunidas, vol. I).
LOCKE, John. Essai philosophique concernant l’entendement humain. Trad. de M. Coste. Paris: Vrin, 1972.
LOCKE, John. De la conduite de l’entendement. Trad. de Ives Michaud. Paris: Vrin, 1975.
LOCKE, John. Pensamientos sobre la educación. Trad. de Rafael Lasaleta. Madrid: Akal, 1986.
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil: ensaio sobre a origem, os limites e os fins verdadeiros do governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994.
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Trad. de Júlio Fischer. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
MELLO, Leonel Itaussu Almeida. John Locke e o individualismo liberal. In: WELFFORT, Francisco Correia. Clássicos da Política: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, o Federalista. São Paulo: Ática, 1995. p. 85.
NODARI, Paulo Cesar. A emergência do individualismo moderno no pensamento de John Locke. Porto Alegre: EDUPUCRS, 1999.
RÉMOND, René. O antigo regime e a revolução: 1750 – 1815. Trad. de Frederico Pessoa de Barros. São Paulo: Cultrix, 1976.
RIBEIRO, Renato Janine. A etiqueta no Antigo Regime. São Paulo: Moderna, 1999.
ROLNIK, Raquel. Guerra dos Lugares: a colonização da terra e da moradia na era das finanças. São Paulo: Boitempo, 2015.
VÁRNAGY, Tomas. O pensamento político de John Locke e o surgimento do liberalismo. In: BORON, Atílio A. (org.). Filosofia política moderna: De Hobbes a Marx. Buenos Aires; São Paulo: CLACSO/DCP-FFLCH-USP, 2006, p. 46.




















