Pós-estruturalismo e Pós-modernismo: diferenças, semelhanças e potencialidades para pensar a educação
Post-structuralism and Post-modernism: differences, similarities and potentialities for thinking about education
Palavras-chave:
Pesquisa educacional, Pós-estruturalismo, Pós-modernismoResumo
Pós-estruturalismo e Pós-modernismo são movimentos de pensamento usualmente tomados como sinônimos. Este trabalho visa estabelecer, em linhas gerais, diferenças e semelhanças entre eles sinalizando potencialidades para pesquisas educacionais. A estratégia teórico-metodológica foi pesquisa bibliográfica. A principal diferença está no objeto que cada um interroga. No Pós-modernismo, este objeto é o Modernismo. No Pós-estruturalismo, o objeto é o estruturalismo. O Pós-modernismo possui duas vertentes. Uma dedicada ao movimento cultural Modernismo e outra ao período histórico Modernidade, o que o torna mais abrangente e genérico. Já o Pós-estruturalismo foca as análises estruturalistas que nasceram na linguística e expandiram-se para outros campos. Ambas as abordagens têm possibilidades para pensar questões emergentes da educação escolar, sobretudo aquelas relacionadas à produção subjetiva.
Palavras-chave: Pesquisa educacional; Pós-estruturalismo; Pós-modernismo.
Abstract
Post-structuralism and Post-modernism are movements of thought usually taken as synonyms. This work aims to establish, in general terms, differences and similarities between them, signaling potentialities for educational research. The theoretical-methodological strategy was bibliographical research. The main difference is in the object that each interrogates. In Postmodernism, this object is Modernism. In Poststructuralism, the object is structuralism. Postmodernism has two strands. One dedicated to the Modernism cultural movement and the other to the Modernity historical period, which makes it more comprehensive and generic. Poststructuralism, on the other hand, focuses on structuralist analyzes that emerged in linguistics and expanded into other fields. Both approaches have possibilities for thinking about emerging issues of school education, especially those related to subjective production.
Palavras-chave: Educational research; Poststructuralism; Postmodernism.
Downloads
Referências
ANDERSON, Perry. As origens da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.
BARBOSA, Wilmar do Valle. Tempos pós-modernos. In: LYOTARD, Jean-François. O pós-moderno. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.
BURBULES, Nicholas. Uma gramática da diferença: algumas formas de repensar a diferença e a diversidade como tópicos educacionais. In: GARCIA; Regina Leite; MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa (Orgs.). Currículo na contemporaneidade: incertezas e desafios. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
BURKE, Peter. A Revolução Francesa da historiografia: a Escola dos Annales 1929-1989. São Paulo: Editora Universidade Estadual Paulista, 1991.
CORAZZA, Sandra Mara. O que quer um currículo?: pesquisas pós-críticas em educação. Petrópolis: Vozes, 2001.
CORAZZA, Sandra; SILVA, Tomaz Tadeu da. Composições. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Rio de janeiro/São Paulo: Paz e terra, 2018.
DOSSE, François. História do estruturalismo: o campo do signo, 1945/1966. São Paulo: Ensaio, 1993. (v. I).
FOUCAULT, Michel. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento (Ditos e escritos II). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
FOUCAULT, Michel. Gerir os ilegalismos. In: DROIT, Roger-Pol. Michel Foucault: entrevistas a Roger Pol-Droit. São Paulo: Graal, 2006. p.41-52.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
Gil, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
KUHN, Thomas Samuel. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1997.
KUMAR, Krishan. Da sociedade pós-industrial à pós-moderna: novas teorias sobre o mundo contemporâneo. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
LOPES, Alice Casimiro. Teorias pós-críticas, política e currículo. Educação, sociedade & culturas, v. 39, n. 39, p. 7-23, 2013. Disponível em: https://www.fpce.up.pt/ciie/sites/default/files/02.AliceLopes.pdf. Acesso em: 26 abr. 2023.
LYOTARD, Jean-François. O pós-moderno. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. A genealogia da moral. São Paulo: Lafonte, 2017.
PARAÍSO, Marlucy Alves. Pesquisas pós-críticas em educação no Brasil: esboço de um mapa. Cadernos de pesquisa, v. 34, n. 122, p. 283-303, 2004. Disponível: https://doi.org/10.1590/S0100-15742004000200002. Acesso em: 19 mai. 2023.
PARAÍSO, Marlucy Alves. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação e currículo: trajetórias, pressupostos, procedimentos e estratégias analíticas. In: MEYER, Dagmar Estermann; PARAÍSO, Marlucy Alves (Orgs.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. 2. ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2014.
PETERS, Michael. Pós-estruturalismo e filosofia da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
PETERS, Michael; BURBULES, Nicholas. Poststructuralism and educational research. Rowman & Littlefield, 2004.
PIAGET, Jean. O estruturalismo. São Paulo: Diffel, 1979.
SILVA, Franklin Leopoldo. Descartes: metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2005.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Pedagogia crítica em tempos pós-modernos. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidades terminais: as transformações na política da pedagogia e na pedagogia da política. Petrópolis: Vozes, 1996.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
SIM, Stuart. The Routledge critical dictionary of postmodern thought. New York: Routledge, 1999.
TEDESCHI, Sirley Lizott.; PAVAN, Ruth. A produção do conhecimento em educação: o Pós-estruturalismo como potência epistemológica. Práxis Educativa, v. 12, n. 3, p. 772-787, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.12i3.005. Acesso em: 19 mai. 2023.
VEIGA-NETO, Alfredo. Paradigmas? Cuidado com eles! In: COSTA, Marisa Vorraber (Org.). Caminhos investigativos II: outros modos de pensar e fazer pesquisa em educação. Rio de Janeiro: DP & A, 2002.
VEYNE, Paul. Foucault: seu pensamento, sua pessoa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
WILLIANS, James. Pós-estruturalismo. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2013.
Downloads
Publicado
- Visualizações do Artigo 1917
- pdf downloads: 409