Você Brincou lá fora hoje? O olhar das professoras sobre os ambientes externos de uma instituição de Educação Infantil
Did you play outside today? The teachers’ perspective on the external environments of an Early Childhood Education institution
Palavras-chave:
Ambientes externos, Educação infantil, Prática DocenteResumo
Este estudo apresenta ressonâncias de uma pesquisa de Mestrado em Educação, em uma unidade educacional de Educação Infantil, cujo objetivo se ocupou em analisar aspectos gerais sobre o uso dos seus ambientes externos a partir do olhar das professoras. A amostra foi composta por doze professoras de um Centro Municipal de Educação Infantil de Araucária, região metropolitana de Curitiba, estado do Paraná. A coleta de dados foi realizada com aplicação de questionário on-line. A análise se deu a partir de três núcleos de significação. Os resultados revelaram que os ambientes externos oferecem condições para práticas cotidianas. Embora sejam gigantescas as potencialidades nestes ambientes, por vezes são desperdiçadas experiências e o contato com a natureza. Um espaço só se torna ambiente com as interações que ali ocorrem.
Palavras-chave: Ambientes externos; Educação Infantil; Prática docente.
Abstract
This study presents resonances from a Master's degree research in an Early Childhood Education educational unit, whose objective was to analyze general aspects about the use of its external environments from the teachers' perspective. The sample was made up of twelve teachers from a public Early Childhood Education Center in Araucária, metropolitan region of Curitiba, state of Paraná. Data collection was carried out online using a questionnaire. The analysis was based on three meaning nucleus. The results revealed that external environments provide conditions for everyday practices. Although the potential in these environments is enormous, experiences and contact with nature are sometimes wasted. A space only becomes an environment with the interactions that occur there.
Keywords: External environments; Early Childhood Education; Teaching practice.
Downloads
Referências
AGUIAR, Wanda Maria Junqueira; OZELLA, Sergio. Núcleos de significação como instrumento para a apreensão da constituição dos sentidos. Psicol. cienc. prof., v. 26, n. 2, p. 222-245, jun. 2006.
ANDRÉ, Marli Eliza Damazo Afonso. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2005.
BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2006.
BARROS, Manuel de. Poemas concebidos sem pecado. 3. ed. Rio de Janeiro: Record, 1999.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 jul.1990. Seção 1, p. 13.563.
BRASIL. Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998b.
BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. v. 1, 2 e 3. Brasília, 1998a.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Básicos de infra-estrutura para instituições de educação infantil. Brasília, DF: MEC/SEB, 2006a.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF, 2009a.
BRASIL. Indicadores da Qualidade na Educação Infantil / Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica - Brasília: MEC/SEB, 2009b.
BRASIL. Ministério da educação. Base Nacional Comum Curricular-BNCC. Brasília, 2018.
COCITO, Renata Pavezi. A Natureza como Espaço Educacional: oportunidades para a infância. Colloquium Humanarum, v. 13, n. Especial, jul.-dez., 2016, p. 94-100.
DURLI, Zenilze.; BRASIL, Marizete Rossana Aparecida. Ambiente e Espaço na Educação Infantil: concepção nos documentos oficiais. Roteiro, Joaçaba, v. 37, n. 1, p. 111-126, jan./jun. 2012.
ELALI, Gleici Azambuja. A. Ambientes para educação infantil: um quebra-cabeça? Contribuição metodológica na avaliação pós-ocupação de edificações e na elaboração de diretrizes para projetos arquitetônicos na área. 2002. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.
ELALI, Gleici Azambuja. O ambiente da escola - o ambiente na escola: uma discussão sobre a relação escola-natureza em educação infantil. Estudos de Psicologia [online], Natal. 2003, v. 8, n. 2, p. 309-319, 2003. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-294X2003000200013. Acesso em: 4 0ut. 2023.
FARIA, Ana Lucia G. de. O Espaço Físico nas Instituições de Educação Infantil em Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação Infantil. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
FERNANDES, Odara de Sá. Crianças no pátio escolar: a utilização dos espaços e o comportamento infantil no recreio. 2006. Dissertação (Mestrado em Psicologia, Sociedade e Qualidade de Vida) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006. Disponível em: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/17440. Acesso em: 15 out. 2021.
FEUERSTEIN, Reuven et al. Além da inteligência: aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro. Vozes, 2014.
FORNEIRO, Lina Iglesias. A organização dos espaços na educação infantil. ln ZABALZA, M. A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 229-282.
FREIRE, João Batista. Métodos de confinamento de engorda (como fazer render mais porcos, galinhas e crianças). ln: MOREIRA, W. W. Educação física e esportes: perspectivas para o século XXI. Campinas-SP: Papirus, 2007, p. 109-124.
HORN, Maria da Graça Souza. O papel do espaço na formação e na transformação do educador infantil. A Revista Criança, Brasília-DF, n. 38, p. 29-32, jan. 2005.
HORN, Maria da Graça Souza. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2007.
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Brinquedos e brincadeiras na educação infantil do Brasil. Lisboa, 2010.
LIMA, Izenildes Bernardina de. A criança e a natureza: experiências educativas nas áreas verdes como caminhos humanizadores. Feira de Santana: Appris Editora, 2015.
LOUV, Richard. A última criança na natureza - resgatando nossas crianças do transtorno de déficit de natureza. 1. ed. São Paulo: Ed. Aquariana, 2016.
SARMENTO, Manuel Jacinto.; PINTO, Manuel. As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo. In. n PINTO, M.; SARMENTO, M.J. (coords.) As crianças: contextos e identidades. Braga, 2007.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. E atual. São Paulo: Cortez, 2007
STACCIOLI, Gianfrancesco. As rotinas: de hábitos estéreis a ações férteis. Revista Linhas. Florianópolis, v. 19, n. 40, p. 54-73, maio/ago. 2018.
TIRIBA, Léa. Crianças da natureza. ln: SEMINÁRIO NACIONAL DO CURRÍCULO EM MOVIMENTO- PERSPECTIVAS ATUAIS, 2010. Anais[ ... ] Belo Horizonte: UFSC, nov. 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1611 0:iseminarionacional-do-curriculo-em-movimento-&catid= 195:seb-educacao-basica. Acesso em 20/10/23.
TIRIBA, Léa. Crianças, natureza e educação infantil. 2005. Tese (Doutorado em Educação). Departamento de Educação, PUC-RJ, Rio de Janeiro, 2005.
TIRIBA, Léa. Escola: espaço de vivência do que é bom, alegra e, frente à vida, nos faz mais potentes. ln: PRÊMIO PROFESSORES DO BRASIL (Palestra). Brasília, 2018.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A construção do Pensamento e da Linguagem. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Tradução Beatriz Affonso Neves. Porto Alegre, Artmed, 1998.
Downloads
Publicado
- Visualizações do Artigo 29
- pdf downloads: 52
