Movimento negro e educação escolar intercultural: luta e resistência na América Latina e no Brasil
Movimiento Negro y Educación Escolar Intercultural: Lucha y Resistencia en América Latina y Brasil
Palavras-chave:
Educação Escolar Intercultural, Movimento Negro, América LatinaResumo
O objetivo deste artigo é discutir a trajetória histórica de luta e de resistência do povo negro em prol da construção de uma educação intercultural na América Latina, especificamente no Brasil. O presente estudo ainda está em andamento e envolveu uma abordagem teórico-metodológica de análise de textos sobre os temas da educação popular, da educação intercultural e do movimento negro. Dividiu-se basicamente em quatro partes: 1) apresenta as raízes indígenas da educação escolar intercultural na América Latina; 2) reflete sobre as razões da invisibilidade do povo negro para a construção dessa educação; 3) analisa sobre o processo de escolarização do povo negro e seus entraves no contexto brasileiro; e, por fim, 4) apresenta a periodização do movimento negro no Brasil e suas contribuições para a construção da educação para as relações étnico-raciais.
Palavras-chave: Educação Escolar Intercultural; Movimento Negro; América Latina.
Resumen
El objetivo de este artículo es discutir la trayectoria histórica de la lucha y resistencia de los negros a favor de la construcción de la educación intercultural en América Latina, específicamente en Brasil. Se trata de un estudio aún en curso, con un abordaje teórico-metodológico de análisis de textos sobre los temas de educación popular, educación intercultural y movimiento negro. Se divide básicamente en cuatro partes: 1) presenta las raíces indígenas de la educación escolar intercultural en América Latina; 2) reflexiona sobre las razones de la invisibilidad de los negros en la construcción de esta educación; 3) analiza el proceso de escolarización de los negros y sus obstáculos en el contexto brasileño; y, por último, 4) presenta la periodización del movimiento negro en Brasil y sus contribuciones a la construcción de la educación para las relaciones étnico-raciales.
Palabras clave: Educación Escolar Intercultural; Movimiento Negro; América Latina.
Downloads
Referências
AURNHEIMER FILHO, Sérgio P. O crepúsculo da política educacional imperial. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 5., 2008, Vitória. Anais... Vitória, 2008.
BARROS, SP de. Escravos, libertos, filhos de africanos livres, não livres, pretos, ingênuos: negros nas legislações educacionais do XIX. Educ Pesqui [Internet]. 2016 Jul;42(3):591–605. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ep/a/9ZhqHKsrZg987cSGqd7SbNg/?lang=pt#. Acesso em: 5 de jul 2023.
BATISTA, Hudson. Educação e diversidade em diferentes contextos/ org. Amilcar Araujo Pereira, Warley da Costa. – 1 ed. – Rio de Janeiro: Pallas, 2015.
BEISIEGEL, C. R. (1974). Estado e educação popular: um estudo sobre a educação de adultos. São Paulo: Pioneira.
BERNARDINO, Joaze. Ação afirmativa e a rediscussão do mito da democracia racial no Brasil. Estud. afro-asiát., Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, 2002.
BOLETIM M.N.U. SP: 1984 (Agosto).
BRASIL. Decreto n. 1.331 A. Brasília, 1854. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1331-a-17-fevereiro-1854-590146-publicacaooriginal-115292-pe.html. Acesso em: 5 jul 2023.
BRASIL. Decreto n. 7.031 A. Brasília, 1878. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-7031-a-6-setembro-1878-548011-publicacaooriginal-62957-pe.html. Acesso em: 6 jul 2023.
CANDAU, V. M. F., & RUSSO, K. (2010). Interculturalidade e educação na América Latina: uma construção plural, original e complexa. Revista Diálogo Educacional,10(29), 151-169.
CHAMPLIN, Russel Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 1 A-C. 7. ed. São Paulo, Hagnos, 2004.
COSTA, Ana Luiza de J. O educar-se das classes populares oitocentistas no Rio de Janeiro: entre a escolarização e a experiência. São Paulo, 2012. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade de São Paulo, 2012.
CUTI & CORREIA LEITE, (1992). E disse o velho militante. Depoimentos e artigos. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura.
DOMINGUES, P. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo, Niterói, v. 12, n. 23, p. 100-122, 2007.
FERNANDES, Florestan., (1986). A integração do negro na sociedade de classe. São Paulo: Ática, v. 2.
FLEURI, Reinaldo Matias. Desafios à Educação Intercultural no Brasil. PerCursos, Florianópolis, v. 2, 2007. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/percursos/article/view/1490. Acesso em: 10 jan. 2024.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. 31ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. SP: UNESP, 2000.
GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, jan./mar. 2006.
GOHN, Maria da Glória. Educação popular na América Latina no novo milênio: impactos do novo paradigma. ETD- Educação Temática Digital, Campinas, v. 4, n. 1, p. 53-77, 2002.
GOMES, Flávio dos Santos. Negros e política. RJ: Jorge Zahar.2005.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. São Paulo: Editora Vozes, 2017.
GONÇALVES, L.A.O.; SILVA, P.B.G. Movimento negro e educação. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 15, p. 134-158, set.-dez. 2000.
GONZALEZ, Lélia; HASENBALG, Carlos. Lugar de negro. Rio de Janeiro: Zahar, 2022 [1982].
HOOKER, J. (2006). Inclusão indígena e exclusão dos afrodescendentes na América Latina. Tempo Social, 18 (2), 89-111.
JARA, O. A educação popular latino-americana: História e fundamentos éticos, políticos e pedagógicos. São Paulo: Ação Educativa/CEAAL/ENFOC, 2020.
MEJÍA, Marco Raúl. Posfácio - La Educación Popular: una construcción colectiva desde el sur y desde abajo. In: STRECK, Danilo; ESTEBAN, Maria Teresa (Orgs.). Educação Popular: lugar de construção social coletiva. Petrópolis: Vozes, 2013.
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
PAIVA, V., (1987). Educação popular e educação de adultos. 5 ed. São Paulo: Loyola.
PERES, E. T., (1995). “Tempo da Luz”: os cursos noturnos masculinos de instrução primária da biblioteca pelotense (1875-1915). Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: UFRGS.
PINEDA, Fabiola Luna Pineda. É hora de sacudir os velhos preconceitos e de construir a terra: sobre a educação intercultural. In: CANDAU, Vera Maria. Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. p. 94- 123. ISBN 978-85-7577-616-2.
PRESTES, A. L. O historiador perante a história oficial. Germinal: marxismo e educação em debate, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 91–96, 2010. DOI: 10.9771/gmed.v2i1.9607. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/9607. Acesso em: 14 jul. 2023.
RIBEIRO, D. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
SANSONE, L. (1998). Racismo sem etnicidade. Políticas públicas e discriminação racial em perspectiva comparada. Revista Dados, 41(4),751-783.
ZIBECHI, Raul. La escuela-comunidad de Warisata. Opinion, 9 ago 2013. Disponível em: https://www.jornada.com.mx/2013/08/09/opinion/018a1pol. Acesso em: 11 jan 2024.
Downloads
Publicado
- Visualizações do Artigo 191
- pdf downloads: 107