Branquitude ambiental, cimarronaje e re-existência em Abya Yala: des/reaprendizagens da luta por justiça ambiental e territorial
Environmental whiteness, cimarronaje and reéxistence in Abya Yala: um re-learning in the struggle for environmental and territorial justice
Palavras-chave:
Branquitude ambiental, Ethos descolonizador, Territórios racializadosResumo
Entendemos que o ethos descolonizador e emancipatório se revela no modus vivendi de comunidades afetadas por diferentes formas de violação de direitos ambientais e territoriais e, para impulsionar outra ética na defesa da Terra e dos territórios, critica-se o que denominamos “branquitude ambiental”. Defendemos itinerâncias que promovam uma escuta sensível observando a longa trajetória de reorganização da luta ambiental focada nos ecossistemas e no território das populações racializadas. Exploramos aspectos desafiadores no processo de conformação da identidade ambientalista, em sentido amplo.
Palavras-chave: Branquitude ambiental; Ethos descolonizador; Territórios racializados;
Abstract
We understand that the decolonizing and emancipatory ethos is revealed in the modus vivendi of communities affected by different forms of violation of environmental and territorial rights and, in order to promote another ethics in the defense of the Earth and territories, what we call “environmental whiteness” is criticized. We defend itinerances that promote sensitive listening, observing the long trajectory of reorganization of the environmental struggle focused on ecosystems and on the territory of racialized populations. The article explores challenging aspects in the process of conformation of the environmentalist identity, in a broad sense.
Key words: Environmental whiteness; Decolonizing ethos; Racialized territories
Downloads
Referências
ARROYO, Miguel. Pedagogias dos movimentos: o que temos que aprender dos movimentos sociais? Currículo sem Fronteiras, v.3, n.1, pp. 28-49, Jan/Jun 2003.
BENTO, Cida. O Pacto da Branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
BENTO, Maria Aparecida da Silva. Branqueamento e branquitude no Brasil. In: CARONE, Iray e BENTO, Maria Aparecida da Silva (Org.) Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2002, p. 25-57.
CARDOSO, Lourenço. A branquitude acrítica revisitada e a branquidade. Revista da ABPN • v. 6, n. 13 • mar. – jun. 2014 • p. 88-106.
CASTRO, Edizon León. Acercamiento crítico al cimarronaje a partir de la teoría política, los estudios culturales, y la filosofía de la existencia. (Tese de doutorado), Quito: Universidad Andina Simón Bolívar, 2015.
CEPAL. Afrodescendientes y la matriz de la desigualdad social en América Latina: retos para la inclusión. Santiago: Nações Unidas, 2020.
DOMINGUES, Petrônio. Movimento Negro Brasileiro: alguns apontamentos históricos. Revista Tempo, n. 23. 2007.
DUSSEL, Enrique. 1492 - O encobrimento do outro (a origem do mito da modernidade). Rio de Janeiro : Vozes, 1992.
FANON. Frantz. Os condenados da Terra. Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica,2001.
FERDINAND, Malcom. Ecologia decolonial: pensar a partir do mundo caribenho. Rio de Janeiro: UBU Editora, 2022.
FERREIRA, Renato. O Direito afro-brasileiro: da Constituição aos nossos dias. Niterói. Programa de pós-graduação em sociologia e direito – PPGSD (Tese de doutorado), 2023.
GOFFMAN. Irving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro Educador: saberes construídos nas lutas por emancipação Petrópolis, Editora Vozes, 2017.
MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte & Ensaios | revista do ppgav/eba/ufrj | n. 32 | dezembro, 2016.
MBEMBE, Achille. Necropolítca. Santa Cruz de Tenerife: Editorial Melusina, 2011.
MIRANDA, Claudia; PASSOS, Ana Helena. Estudos críticos da branquitude e Educação afrocentrada: novos aportes para uma educação anti-racista. XI CONGRESSO LUSO AFRO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, 2011, Salvador. Anais... Salvador: Editora da UFBA, 2011.
QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: Edgardo Lander (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, CLACSO, 2005. p. 227-278.
RIOS, Natália Tavares. Educação Ambiental E Direitos Humanos: uma abordagem a partir dos conflitos socioambientais no currículo de Ciências e Biologia. Ensino, Saúde e Ambiente – Número Especial, pp. 205-224, Junho. 2020.
SARAIVA, Alexandre. Selva: madeireiros, garimpeiros e corruptos na Amazônia sem lei. São Paulo: História Real, 2023.
SILVA, J. P. ; CARDOSO, C ; PEREIRA, C.S . A reestruturação do CONAMA e os limites para a democracia participativa na gestão ambiental brasileira. Revista Continentes, v. 1, p. 178-203, 2022.
SOUSA, R. G. ; QUEIROZ, I. S. ; SÁNCHEZ, CELSO . A proteção e a promoção das condições da saúde humana dispostas na ECO-92 em giro pela Educação Ambiental Crítica. Trabalho Necessário, v. 20, p. 1-15, 2022.
SATO, Michele; SANCHEZ, Celso; SANTOS, Débora L. Moreira dos. Epistemologia das ruas nas fotopoéticas da pandemia. Ambiente & Educação: Revista de Educação Ambiental, v. 27, p. 1-25, 2022.
PELACANI, BÁRBARA ; KASSIADOU, ANNE ; CAMARGO, DANIEL RENAUD ; SÁNCHEZ, CELSO ; STORTTI, MARCELO. Community environmental education and the struggle for water. Revista Praxis & Saber: Maestría en Educación, v. 12, 2021.
QUIÑONES, Santiago Arboleda. Etnoeducación Ambiental en el Pacifico Sur colombiano: política de vida en contextos de muerte. In: Carlos Frederico Bernardo Loureiro; Celso Sánchez Pereira; Inny Bello Accioly; Rafael Nogueira Costa. (Org.). Pensamento Ambientalista numa sociedade em crise. 1ed.Macaé: Editora da UFRJ, 2015, v. 1, p. 225-248.
UCHÔA, Rafaella Sampaio. A década da educação para o desenvolvimento sustentável da Unesco : uma análise sob a ótica da educação ambiental crítica. (Dissertação de mestrado), Rio de Janeiro: PPGEdu/UNIRIO 2016.
Downloads
Publicado
- Visualizações do Artigo 166
- pdf downloads: 305