Se queremos práticas inclusivas poderemos continuar a conceptualizar a diferenciação pedagógica como medida?

If we want inclusive practices can we continue to conceptualise pedagogical differentiation as a measure?

Autores

Resumo

O presente artigo surge pela necessidade que sentimos em refletir sobre o conceito de diferenciação pedagógica, nomeadamente sobre a forma como o mesmo está a ser conceptualizado em Portugal, após a publicação do atual regime jurídico da educação inclusiva (Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho e respetiva alteração através da Lei n.º 116/2019, de 13 de setembro). Defendemos que, se queremos uma educação inclusiva, com práticas que efetivamente respondam à diversidade que temos nas nossas escolas, precisamos de ter modelos pedagógicos que nos levem a incorporar essas práticas, de forma colaborativa. Em nossa opinião, o modelo pedagógico que nos permitiria isso seria o da diferenciação pedagógica que, articulado e complementado, com o desenho universal para a aprendizagem, poderiam ligar a teoria e a prática de forma mais consistente e trazer mais conhecimento para do dia-a-dia nas escolas.

Palavras-chave: Diferenciação Pedagógica; Desenho Universal para a Aprendizagem; Educação Inclusiva

 

Abstract

This article arises from the need we feel to reflect on the concept of pedagogical differentiation, particularly on how it is being conceptualized in Portugal, after the publication of the current legal framework for inclusive education (Decree-Law no. 54/2018, of 6 July and respective amendment through Law no. 116/2019, of 13 September). We argue that if we want inclusive education, with practices that effectively respond to the diversity that we have in our schools, we must have pedagogical models that lead us to incorporate these practices, in a collaborative way. In our opinion, the pedagogical model that would allow us to do this would be the pedagogical differentiation model which, articulated and complemented with the universal design for learning, could link theory and practice in a more consistent way and bring more knowledge to the daily life in schools.

Keywords: Pedagogical Differentiation; Universal Design for Learning; Inclusive Education

 

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Biografia do Autor

Nelson Santos, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Licenciado em Ensino Básico - 1.º Ciclo; Mestre em Ciências de Educação - Especialização em Educação Especial. É doutorando, na área da Formação de Professores, no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Desenvolve a sua atividade profissional como coordenador de uma equipa de apoio especializada e docente de educação especial no Colégio Pedro Arrupe. É também professor convidado no Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) na Pós-Graduação de Educação Especial: Domínio Cognitivo-Motor.

Email: nelsonsantos@campus.ul.pt. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1610-2955.

Maria João Mogarro, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Lisboa (Portugal) e em Pedagogia – Formação de Professores. É Professora Associada do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e investigadora do seu Centro de Investigação (UIDEF). Coordena o doutoramento em Educação Inclusiva, neste mesmo Instituto.

Email: mjmogarro@ie.ulisboa.pt. Orcid : https://orcid.org/0000-0002-5841-9280

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Publicado

16/10/2023
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Como Citar

SANTOS, N.; MOGARRO, M. J. Se queremos práticas inclusivas poderemos continuar a conceptualizar a diferenciação pedagógica como medida? If we want inclusive practices can we continue to conceptualise pedagogical differentiation as a measure?. Revista Cocar, [S. l.], n. 19, 2023. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/5815. Acesso em: 4 dez. 2024.

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Artigos