A Pesquisa Acadêmica: Por uma escrita [que] co[m]vida e liberta para a formação humana
Investigación académica: Por una escritura [que] co[n]vida y libera para la formación humana
Palavras-chave:
Escrita Acadêmica, Decolonialidade, Educação MatemáticaResumo
Esta pesquisa tem por objetivo refletir sobre a escrita acadêmica, não como uma simples tarefa de escrever, reproduzir, mas como um desafio do pesquisador para além das bordas padronizadas, naturalizadas na e pela academia. A escrita é um desafio na pesquisa acadêmica; por vezes, torna-se um ato tão banal, bem mais reprodutor do que inovador e pode provocar o apagamento das subjetividades; busca-se, assim, romper com essa perspectiva. Em uma conversação, por meio da pesquisa indisciplinada, apresenta-se propostas decoloniais e o relato de uma pesquisa de doutorado em andamento, em um movimento de insu(Agir) escritas “Outras”, por uma virada epistemológica na escrita acadêmica, inclusive na Educação Matemática. O texto tece fios de vozes que ecoam na pele da escrita acadêmica para tornar visível o que, por vezes, torna-se invisível pela academia.
Palavras-chave: Escrita Acadêmica; Decolonialidade; Educação Matemática.
Resumen
Esta investigación pretende reflexionar sobre la escritura académica, no como una simple tarea de escribir, reproducir, sino como un desafío para el investigador más allá de las fronteras estandarizadas, naturalizadas en la academia. Escribir es un desafío en la investigación académica, a veces se convierte en un acto banal, mucho más reproductivo que innovador y puede llevar al borrado de subjetividades, se busca, de esa manera, romper con esa perspectiva. En una conversación, a través de una investigación indisciplinada, presentamos propuestas decoloniais y el informe de una investigación doctoral en curso, en un movimiento de insu(Agir) “Otros” escritos, por uno giro epistemológico en la escritura académica, incluyendo en Educación Matemática. El texto teje hilos de voces que resuenan en la piel de la escritura académica, para hacer visible lo que, a veces, se vuelve invisible en la academia.
Palabras clave: Escritura Académica; Decolonialidad; Educación Matemática.
Downloads
Referências
BERNARDINO-COSTA, Joaze. Decolonialidade, Atlântico Negro e intelectuais negros brasileiros: em busca de um diálogo horizontal. Sociedade e Estado, Brasília, DF, v. 33, p. 117-135, 2018.
BORSANI, María Eugenia. Reconstruções metodológicas e/ou metodologias a posteriori. Revista Epistemologias do Sul, [S. l.], v. 5, n. 1, 2021
CANOFRE, F. Conceição Evaristo: “Falar sobre preconceito no Brasil é derrubar o mito de democracia racial”. SUL21, [S. l.], maio 2018. Seção Areazero. Disponível em:
https://sul21.com.br/ultimas-noticias-geral-areazero-2/2018/05/conceicao-evaristo-falar-sobre-preconceito-racial-no-brasil-e-derrubar-o-mito-de-democracia-racial/. Acesso em: 11 jun. 2025.
EVARISTO, Conceição. Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado (orgs.). Escrevivência: a escrita de nós: Reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. 1. ed. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020. p. 48-57.
FERNANDES DE PAULA, Danytiele Cristina. A questão da identidade na escrita acadêmica. Scripta, Belo Horizonte, v. 21, n. 43, p. 86-104, 2017.
HABER, Alejandro. Nometodología payanesa: Notas de metodología indisciplinada. Revista de Antropología, Santiago, n. 23, p. 9-49, 2011.
JÚNIOR, Tito Matias-Ferreira. “A gente combinamos de não morrer”: enfrentamento, resistência e renegociação na escrita de Conceição Evaristo. O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira, Belo Horizonte, v. 31, n. 1, p. 233-247, 2022.
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogá, 2019.
LARROSA, Jorge. O ensaio e a escrita acadêmica. In: CALLAI, Cristiana, RIBETTO, Anelice (org.). Uma outra escrita acadêmica: ensaios, experiências e invenções. Rio de Janeiro: Lamparina, 2016. p. 17-30.
LARROSA, Jorge. Tremores: escritos sobre experiência. Tradução de Cristina Antunes e João W. Geraldi. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
LIMA, Valdineia Rodrigues; COSTA, Tayara Silva; NOVAES, Joana Inês. Etnografia no processo de des(construção) por uma Educação Matemática (Outra). Educação Matemática Debate, Montes Claros, v. 8, n. 14, p. 1–15, 2024.
MACHADO, Rafael Antunes. “A gente tem a experiência do barro”: entre Artesãs, Joana, Rafaéis e (quem sabe?) uma etnomatemática junto à decolonialidade. 2021. 124f. Dissertação (Mestrado em Educação: Conhecimento e Inclusão Social) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2021.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la decolonialidade del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GOMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón (org.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central; Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos; Pontificia Universidad Javeriana; Instituto Pensar, 2007. p. 127-167.
MOTTA, Clara Urzedo Rocha; ZANELLA, Andrea Vieira. No limiar da escrita acadêmica: tensão, pressão e invenção. Revista Educação em Questão, Natal, v. 63, n. 75, p. 1-25, 2025.
ORJUELA-BERNAL, Jorge Isidro. ... E Teko e Arandu e produção de subjetividades e educação superior e educações outras...: modos de vida criados e afirmados por Kaiowás e Guaranis. 2023. 300f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2023.
PAULUCCI, Eric Machado. Poéticas Sem-Teto: Ocupar e movimentar e aprender matemáticas. 2022. 149f. Dissertação (Mestrado em Educação Escolar) – Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2022.
RESENDE, Viviane de Melo. Perspectiva latino-americana para decolonizar os estudos críticos do discurso. In: RESENDE, Viviane de Melo (org.). Decolonizar os estudos críticos do discurso. São Paulo: Pontes, 2019a. p. 19-46.
RESENDE, Viviane de Melo. Decolonizar os estudos críticos do discurso. São Paulo: Pontes, 2019b.
RODRIGUES, Elisandro; SCHULER, Betina. A Pele da Escrita Acadêmica em Educação: o exercício epistolar como uma conversação. Currículo sem Fronteiras, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 653-678, 2021.
WALSH, Catherine. “Outros” saberes, “outras” críticas: reflexões sobre as políticas e as práticas de filosofia e decolonialidade na “outra” América. Revista X, Curitiba, v. 16, n. 1, p. 54-79, 2021.




















