O sentido da formação universitária em tempos de desemprego estrutural em um curso de licenciatura

licenciatura El sentido de la formación universitaria en tiempos de desempleo estructural en un curso de licenciatura

Autores

Palavras-chave:

Formação Universitária, Desemprego estrutural, Capitalismo

Resumo

A atual crise estrutural do capital tem profunda relação com a precarização das condições de trabalho. Considerando o tempo presente das dinâmicas contraditórias da sociedade capitalista, questionamos: qual o sentido da formação acadêmica em tempos de desemprego estrutural? O objetivo da investigação é analisar como os discentes de licenciatura plena em pedagogia interpretam o sentido da formação universitária em um contexto de desemprego estrutural. A pesquisa tem duas etapas: a primeira é de estudos bibliográficos. A segunda é de uma pesquisa empírica realizada em dois momentos: entrevista semiestruturada e posteriormente o uso do Grupo Focal. Os resultados sinalizam que o cenário não aponta para algo promissor. Se as políticas públicas educacionais não engendrarem rigorosos mecanismos de valorização da carreira docente dificilmente ser professor se tornará uma profissão atrativa na presente conjuntura.

Palavras-chave: Formação Universitária; Desemprego estrutural; Capitalismo

 

Resumen

La actual crisis estructural del capital está profundamente relacionada con la precariedad de las condiciones de trabajo. Teniendo en cuenta la actual dinámica contradictoria de la sociedad capitalista, nos preguntamos: ¿qué sentido tiene la formación académica en tiempos de desempleo estructural? El objetivo de la investigación es analizar cómo los estudiantes que cursan una licenciatura completa en pedagogía interpretan el significado de la formación universitaria en un contexto de desempleo estructural. La investigación consta de dos etapas: la primera es un estudio bibliográfico. La segunda es un estudio empírico realizado en dos etapas: una entrevista semiestructurada y, a continuación, la utilización de grupos focales. Los resultados muestran que el escenario no es prometedor. Si las políticas públicas de educación no diseñan mecanismos rigurosos para valorar la carrera docente, será difícil que ser profesor sea una profesión atractiva en el clima actual.

Palabras clave: Enseñanza universitaria; Desempleo estructural; Capitalismo

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raimundo Sérgio de Farias Júnior, Universidade do Estado do Pará

Doutor em Educação/UFPA, PPGCR/PPGED/UEPA). E-mail: raimundo.junior@uepa.br

Orcidhttps://orcid.org/0000-0001-5116-0360

Maria Darlene Trindade Corrêa, Universidade do Estado do Pará

Mestra e Doutoranda em Comunicação Linguagens e Cultura- UNAMA/PA. Professora do DEPARTAMENTO EDUCAÇÃO GERAL(DEDG). E-mail: darlene.correa@uepa.br

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7361-3903.

Leonardo Goncalves de Alvarenga, Universidade do Estado do Pará

Doutor em Ciência da Religião (PUC-SP/EHESS). Professor no DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS (DFCS). E-mail: leonardo.gd.alvarenga@uepa.br

ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5249-766X. 

Referências

ANTUNES, Ricardo & BRAGA, Ruy (orgs). Infoproletráios: degradação real do trabalho virtual. São Paulo: Boitempo, 2009.

ANTUNES, Ricardo. A crise, o desemprego e alguns desafios atuais. Serviço Social & Sociedade, n. 104, p. 632–636, out. 2010.

ANTUNES, Ricardo. A nova morfologia do trabalho e as formas diferenciadas da reestruturação produtiva no Brasil dos anos 1990. Sociologia, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Vol. XXVII, 2014.

ANTUNES, Ricardo. Capitalismo pandêmico. São Paulo: Boitempo, 2022.

ANTUNES, Ricardo. O Privilégio da Servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018. 325 p.

BANCO MUNDIAL. La enseñanza superior - Las lecciones derivadas de la experiencia. Washigngton, 1995.

BRASIL. Lei n.º 11.738, de 16 de julho de 2008. Estabelece o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Brasília, DF: Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11738.htm. Acesso em: 13 jun. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Censo da Educação Superior 2023: notas estatísticas. Brasília, DF: Inep, 2024.

BRASIL. Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Diário Oficial da União, Brasília, 2017.

CLEMENTINO, M. DO L. M.; ARAÚJO, J. B. DE .; MIOTO, B. T.. Precarização do trabalho e nova informalidade no urbano: permanências e transformações. Cadernos Metrópole, v. 26, n. 59, p. 9–17, jan. 2024.

CRESWELL, J. Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: Escolhendo entre cinco abordagens. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2014.

GRABOWSKI, Gabriel. Apagão ou destruição da docência no Brasil. Disponível em: https://www.ihu.unisinos.br/categorias/618265-apagao-ou-destruicao-da-docencia-no-brasil-artigo-de-gabriel-grabowski, 2022. Acesso em: 19 jun. 2025.

GAMBOA, S. S; SANTOS FILHO, J. C. Pesquisa educacional: quantidade/qualidade. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2013.

GEMELLI, C. E.; CLOSS, L. Q.; FRAGA, A. M.. MULTIFORMIDADE E PEJOTIZAÇÃO: (RE)CONFIGURAÇÕES DO TRABALHO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR PRIVADO SOB O CAPITALISMO FLEXÍVEL. REAd. Revista Eletrônica de Administração (Porto Alegre), v. 26, n. 2, p. 409–438, maio 2020.

GIROUX, H. Ensino superior, para quê? Educar em Revista, n. 37, p. 25–38, maio 2010.

HARVEY, David. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua [PNAD Contínua]. Rio de Janeiro: IBGE, [ano da publicação].

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais, 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022.

LÜCKMANN, L. C. Pressupostos da modernidade e a universidade brasileira: um novo marco conceitual para a Universidade do Oeste de Santa Catarina. Joaçaba: Ed. Unoesc, 2007.

MARTINS, C. B. A reforma universitária de 1968 e a abertura para o ensino superior privado no Brasil. Educação & Sociedade, v. 30, n. 106, p. 15–35, jan. 2009.

MELO, J. R. S. DE; MOURA, D. L. A saída da carreira docente na educação básica: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Educação, v. 29, p. e290073, 2024.

MENEZES, V. Desemprego, família e reprodução social entre profissionais com formação superior. Sociedade e Estado, v. 38, n. 3, p. e47641, 2023.

NÓVOA, A. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 166, p. 1106–1133, out. 2017.

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT). Relatório de Tendências Mundiais e Desemprego, 2017.

POCHMANN, Márcio. Tendências estruturais do mundo do trabalho no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 1, p. 89–99, jan. 2020.

SGUISSARDI, V. A universidade neoprofissional, heterônoma e competitiva. In: MANCEBO, D.; FÁVERO, M. (Org.). Universidade: políticas, avaliação e trabalho docente. São Paulo: Cortez Editora, 2004. p. 33-52.

SGUISSARDI, V. Modelo de expansão da educação superior no Brasil: predomínio privado/mercantil e desafios para a regulação e a formação universitária. Educação & Sociedade, [S.l.], v. 29, n. 105, p. 991-1022, set./dez. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/9QPgLZg9NZdCt7vVwBCCyqj/?format=pdf&lang=pt. Acesso em:

jun. 2020.

Um em cada 10 formados no ensino superior ocupa vaga equivalente a capacitação, diz pesquisa, 2024. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/um-em-cada-10-formados-no-ensino-superior-ocupa-vaga-equivalente-a-capacitacao-diz-pesquisa/. Acesso em: 19 jun. 2025.

V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos(as) Graduandos(as) das IFES - 2018. Brasília (DF): ANDIFES, 2019.

Downloads

Publicado

29/07/2025

Como Citar

SÉRGIO DE FARIAS JÚNIOR, R.; TRINDADE CORRÊA, M. D.; ALVARENGA, L. G. de. O sentido da formação universitária em tempos de desemprego estrutural em um curso de licenciatura: licenciatura El sentido de la formación universitaria en tiempos de desempleo estructural en un curso de licenciatura. Revista Cocar, [S. l.], v. 22, n. 40, 2025. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/10728. Acesso em: 18 dez. 2025.