PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: UM MACRO OLHAR
DOI:
10.69675/RCU.2763-7646.9401Keywords:
Projeto político-pedagógico, Projeto pedagógico, Proposta pedagógica, Proposta educacional, Plano diretorAbstract
O presente trabalho constituiu na elaboração do Estado da Arte, ou seja, na análise da produção acadêmico-científica brasileira sobre Projeto Político-Pedagógico, tendo como principal objetivo investigar qual tem sido a abordagem sobre Projeto Político-Pedagógico predominante. Foi identificada a presença das seguintes abordagens: Gestão Democrática, Currículo e Autonomia. Após levantamento das publicações que compõem o “corpus" (teses, dissertações, livros, artigos e trabalhos apresentados em eventos), foram estabelecidas as categorias de análise (incluindo as abordagens), a partir das quais, cada texto foi analisado. A abordagem que mais predominou em todos os gêneros de publicação, foi Gestão Democrática, seguida por Currículo, enquanto a abordagem Autonomia apresenta índice bastante baixo. Como era de se esperar, toda a produção acadêmico-científica concentra-se na área de Educação, o que vem confirmar que a escola é o lugar de realização do Projeto Político-Pedagógico, devendo, portanto, organizar todas as ações em torno da educação de seus alunos. Nessa perspectiva, é fundamental que a escola assuma o comando do processo, sem esperar que as instâncias superiores tomem essa iniciativa, mas sim lhe forneçam as condições necessárias para levá-lo adiante. O tipo de pesquisa/estudo mais frequentemente desenvolvido é a Explanação teórica, voltada para os níveis Fundamental e Médio de ensino. No que concerne à terminologia básica, para a referência ao trabalho sobre projeto Político-Pedagógico, verificou-se que, embora haja predomínio dessa última, uma das dificuldades maiores de um processo de inovação que se corporiza num termo ou conceito (como é o caso do Projeto Político-Pedagógico) reside na sua polissemia. Concluiu-se que a produção acadêmico-científica sobre Projeto Político-Pedagógico no Brasil, vem se concretizando de forma relativamente satisfatória, no aspecto quantitativo e qualitativo. A presente pesquisa pretende alertar para a necessidade de que a produção científica brasileira sobre Projeto-Político-Pedagógico seja esclarecedora quanto ao procedimento de uma clarificação do que se pretende significar (do ponto de vista teórico, legal e prático) com a afirmação de que as escolas deverão fazer um “projeto pedagógico”.
References
ALBA, A. Curriculum crisis, mito y perspectivas. México: Universidade Nacional Autônoma, 1991.
ALMEIDA, A. M. F. de. O significado do projeto pedagógico. In: CIRCUITO PROGRAD, 3., 1995, São Paulo, Anais ... O projeto pedagógico de seu curso está sendo construído por você? São Paulo: Pró-Reitoria de Graduação/UNESP, 1995. p. 69-74.
ALVES, J. M. Organização, gestão e projeto educativo das escolas. 3. ed. Porto: Asa, 1995. (Cadernos Pedagógicos).
BARBIER, J. M. Elaboração de projectos de acção e planificação. Lisboa: Porto Editora, 1996. (Ciências da Educação).
CANÁRIO, R. (Org). Inovação e projeto educativo de escola. Lisboa: Educa, 1992.
FRIGOTTO, G. A. A produtividade da escola improdutiva. São Paulo: Cortez, 1984.
OYAFUSO, A.; MAIA, E. Projeto pedagógico. In _______. Plano escolar: caminho para a autonomia. Belo Horizonte: CTE, 1998. p. 53-87.
LOUREIRO, V. R. Plano de desenvolvimento e projeto pedagógico da escola: contribuições e orientações para elaborar o plano e o projeto da sua escola. Belém: Graficentro, 1999.
SILVA, A. C. B. Projeto pedagógico: instrumento de gestão e mudança limites e possibilidades. 1997. (Dissertação de Mestrado- UNAMA, Belém).
VEIGA, l. P. A. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In:______. (Org). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 3. ed. São Paulo: Papirus, 1997. p. 11-35. (Magistério: formação e trabalho pedagógico).
Downloads
Published
- Visualizações do Artigo 23
- PDF (Português (Brasil)) downloads: 12
How to Cite
Issue
Section
License
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem em revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.