TOPÔNIMOS HÍBRIDOS NHEENGATU-PORTUGUÊS: EVIDÊNCIAS MORFOLÓGICAS E IMPLICAÇÕES TAXIONÔMICAS

Authors

DOI:

https://doi.org/10.69675/RCU.2763-7646.10623

Keywords:

Toponímia, Nheengatu, Derivação híbrida, Morfologia, Taxionomia toponímica

Abstract

Este artigo analisa a formação de topônimos híbridos no município de Bragança/PA, resultantes da combinação entre raízes lexicais do nheengatu e sufixos derivacionais da língua portuguesa. A pesquisa, de natureza qualitativa e descritiva, baseia-se nos dados sistematizados na tese de Araújo (2024), servindo aqui como base para uma nova interpretação centrada nas formações derivacionais híbridas, com destaque para os padrões RLN+Suf.LP, RLN+Suf.LN+Suf.LP e RLN+Suf.LP+Suf.LP. Por meio da descrição morfológica e da discussão taxionômica, evidencia-se a produtividade dessas estruturas e sua inadequação frente aos modelos clássicos de classificação toponímica, como o proposto por Dick (1992). Propõe-se, assim, a ampliação da taxionomia brasileira, com reconhecimento das derivações híbridas como categoria legítima na descrição da toponímia amazônica.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Marcos Jaime Araújo, Universidade do Estado do Pará - UEPA

Doutor e Mestre em Letras: Linguística e Teoria Literária, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), graduado em Letras Língua Portuguesa e Espanhol pela Universidade da Amazônia (UNAMA). É professor efetivo da Universidade do Estado do Pará (UEPA).

References

AGUILERA, Vanderci de Andrade. Taxionomia de topônimos: problema sem solução? Signum: Estudos de Linguística, Londrina, n. 2, p. 125-137, out. 1999.

AMARAL, Maria do Carmo M. do. Línguas em contato: o português no Brasil. São Paulo: Contexto, 2002.

ARAÚJO, Marcos Jaime. Toponímia de origem tupinambá do município de Bragança/PA: alguns resultados. Dissertação de Mestrado em Linguística Programa de Pós-Graduação em Letras / PPGL, Universidade Federal do Pará,UFPA, 2019. AGUILERA, Vanderci de Andrade. A toponímia no Brasil: estado da arte. Cadernos de Estudos Linguísticos, n. 37, p. 7–28, 1999.

ARAÚJO, Marcos Jaime. Sistematização da classificação taxionômica toponímica nheengatu de Bragança/PA. 2024. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal do Pará, Belém, 2024.

BIDERMAN, Maria Teresa. Introdução à lexicologia: o estudo das unidades lexicais do português. 2. ed. São Paulo: Ática, 1987.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. O falar caboclo do Brasil Central: uma abordagem sociolinguística. 2. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1970.

CRUZ, Márcia Nogueira. A gramaticalização no Nheengatu: um estudo sobre a adjetivação e a substantivação. 2011. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2011.

DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. A motivação toponímica do Brasil: subsídios para uma toponomástica semântico-cognitiva. São Paulo: EDUSP, 1990.

DICK, Maria Vicentina de Paula do Amaral. O nome das coisas: introdução à teoria lexical. São Paulo: EDUSP, 1992.

FARACO, Carlos Alberto. Linguagem & diálogo: as ideias linguísticas do Círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

GONÇALVES, Grevil. Formação de palavras. São Paulo: Contexto, 2016.

KEHDY, Jacyra. O português brasileiro: formação e contrastes. São Paulo: Contexto, 2005.

LANDRY, Rodrigue; BOURHIS, Richard Y. Linguistic landscape and ethnolinguistic vitality: An empirical study. Journal of Language and Social Psychology, v. 16, n. 1, p. 23–49, 1997.

SAMPAIO, Teodoro Fernandes. O tupi na geografia nacional. 5. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1979.

STRADELLI, Ermanno. Vocabulário comparativo da língua geral brasílica ou nheengatu com o latim, o português, o italiano, o francês e o inglês. 2. ed. Manaus: EDUA, 2014. (Reimpressão fac-similar da edição de 1929).

Published

20/10/2025

How to Cite

JAIME ARAÚJO, M. TOPÔNIMOS HÍBRIDOS NHEENGATU-PORTUGUÊS: EVIDÊNCIAS MORFOLÓGICAS E IMPLICAÇÕES TAXIONÔMICAS. Revista Comunicação Universitária, Belém, v. 5, p. 1–16, 2025. DOI: 10.69675/RCU.2763-7646.10623. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/comun/article/view/10623. Acesso em: 5 dec. 2025.

Issue

Section

Artigos