REDES COSMOLÓGICAS E ENSINO: histórias que curam porque se cruzam
Resumo
Neste artigo, apresento e circunstancio um caso-exemplo de estudo experimental da encruzilhada de cabeça como método investigativo centrado nas noções de evidência encantada e sujeito investigado interferente no sujeito que pesquisa (como alternativas epistemológicas às noções desencantadas e objetificantes de evidência e/ou prova científica). O campo de experiência foram as práticas de ensino em disciplinas optativas abertas e intergraduais de história, intituladas “Pombo-Gira: Redes Cosmológicas”, que foram ministradas desde 2021 no âmbito do curso de História da UFRRJ, campus de Seropédica. A encruzilhada de cabeça é calculada a partir da data de nascimento discente, a partir da qual se correlaciona com enredos de “orixás” ou equivalentes cosmológicos para provocar percepções sobre potencialidades e singularidades pessoais e/ou familiares discentes que foram desenvolvidas ou obliteradas em seus contextos sociais. Neste artigo, compartilho a reflexão desenvolvida a partir de um caso de 2022 de discente oriunda da graduação de Educação do Campo, cuja família guarda a herança das benzedeiras, mas que sofreu uma ruptura com tais potenciais ancestrais por conta de a mãe da discente ter se tornado evangélica, desenvolvendo enredos de aflição em sua trajetória.
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