Joias do Pará: da joalheria europeia e africana às joias com referência na cultura e materiais da biodiversidade amazônica
Resumo
O presente artigo discorre sobre a joia produzida no estado do Pará, a partir da instalação do Programa de Verticalização Mineral de Gemas e Joias (PVMGJ) iniciado em 1998, no governo de Almir Gabriel – denominado informalmente de Polo Joalheiro do Pará, o qual iniciou com objetivo de incentivar a produção local de joias utilizando os bens minerais, como: ouro, prata e gemas do Pará. Na perspectiva do Estado deixar de ser apenas fornecedor dessas matérias primas para outros estados e países, formando assim mais um polo de joias e gemas significativo para o Brasil. Este programa também fomentou a criação, planejamento e execução de joias com designers paraenses, utilizando a mão de obra local, favorecendo o uso de elementos da cultura material e imaterial, oriundos dos indígenas que povoam a região amazônica desde antes da ocupação pelos diferentes povos vindos do continente Europeu e Africano, cujos traços culturais foram agregados aos adornos indígenas presentes no Brasil. A partir das análises compositivas formais ao longo da existência desse programa, observou-se que a joia paraense se aprimorou quanto a forma, com fortes características locais, principalmente pela introdução de técnicas, tecnologias e materiais do artesanato da região norte, configurando-se em um design que retrata a Amazônia.
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