A HANSENÍASE E TUBERCULOSE NA AMAZÔNIA
ANÁLISE, PROGRESSÃO TEMPORAL E DETERMINANTES AMBIENTAIS DA DOENÇA EM MARABÁ
Resumo
Hanseníase e tuberculose são doenças infecciosas historicamente associadas a populações vulneráveis, sendo influenciadas por fatores socioeconômicos e ambientais. Este estudo analisou a progressão temporal dessas doenças em Marabá (Pará) de 2018 a 2024, com base em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Os dados foram avaliados por microrregiões IBGE, destacando a dinâmica local e regional das notificações. Entre 2018 e 2023, Marabá registrou 816 casos de tuberculose, com pico em 2022 (163 casos) e menor incidência em 2018 (120 casos). No Brasil o Norte em 2023 apresentou o maior número de notificações de tuberculose, com 14.130 casos. Em relação à hanseníase, a região Norte ocupou a segunda posição em incidência no país, atrás apenas do Centro-Oeste, o Pará lidera o número de casos e na região de Carajás, Marabá perde somente para Parauapebas. Os resultados demonstram que o estado do Pará, e particularmente Marabá, muitas vezes lidera as notificações dessas doenças, refletindo desigualdades estruturais e ambientais que impactam diretamente a saúde pública. Esses achados reforçam a necessidade de ações integradas que abordem os determinantes sociais da saúde e fortaleçam o controle epidemiológico nas regiões mais afetadas.
Palavras-chave: Doenças negligenciadas. Saúde pública. Fatores socioeconômicos.
