MORTALIDADE MATERNA: DISTRIBUIÇÃO E CAUSAS NO ESTADO DO PARÁ ENTRE OS ANOS 2012 A 2016.
Resumo
Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e as causas da mortalidade materna no Estado do Pará entre os anos 2012 a 2016. Métodos: Estudo descritivo, analítico, observacional e retrospectivo, realizado a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará. Foi realizado o cálculo da Razão de mortalidade materna (RMM) bruta, por ano, município de residência e ocorrência. Além disso, foi calculada a razão de mortalidade específica relacionada às causas e relacionada às variáveis: faixa etária, escolaridade, cor/raça e estado civil. Os dados foram analisados pelo Qui-quadrado. Resultados: A amostra compreendeu 581 óbitos maternos notificados nesse período. A RMM foi de 88,77. As causas obstétricas predominaram com a hipertensão (n=135), hemorragia (n=78) e infecção (n=38). A RMM de residência foi maior no Nordeste paraense (22,50) e Região Metropolitana de Belém (20,51). A de ocorrência foi maior na Região Metropolitana de Belém (36,18). Os óbitos ocorreram com maior frequência em mulheres entre 20-24 anos (n=154), pardas (n=448), com 8 a 11 anos de estudo (n=217), união consensual (n=215) ou solteiras (n=211), durante o puerpério (até 42 dias) e com assistência médica (95%). Conclusão: Mulheres jovens, com ensino fundamental ou médio completo, solteiras ou em união consensual, pardas e que recebem assistência médica possuem maior risco de obito materno no estado do Pará. Os transtornos hipertensivos são a principal causa de morte materna.
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