Imaginários afro-diaspóricos e a mitopoética amazônida dos Surrupiras
Resumo
O artigo tem como objetivo tecer uma escrita afro-amazônida e afrodiaspórica a partir das mitopoéticas dos Surrupiras, estes encantados possuem diversas concepções simbólicas aproximadas de outros mitos, como os Curupiras, Caiporas, Sacis e Matintas. Muitas vezes chamados de caboclos bravos ou Exus da Amazônia, são representados com pele negra, cabelo crespo e pés virados para trás. Com base na discussão destes conhecimentos, o trabalho se aporta nos estudos do imaginário, principalmente os aportes discursivos de João de Jesus Paes Loureiro, somadas às concepções de giros decoloniais e colonialidades do poder, do ser e do saber, construindo um olhar reflexivo e uma escrita que busca sensibilizar, para com este contexto cultural, e combater o racismo religioso. Deste modo, reiteramos que os saberes sobre os Surrupiras fazem parte de uma vasta e luminosa constelação de saberes acerca das nossas identidades e ancestralidades africanas e indígenas.
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