Eros e Normélia: memória subterrânea, silêncio e erotismo no conto “Movimento no Porão”, de Haroldo Maranhão
Resumo
Este trabalho visa, baseando-se nos estudos de Michel Foucault, de Georges Bataille e de Lúcia Castelo Branco, cultivar o lugar de fala do indizível, ir na contramão e dar voz aos silenciados. Entretanto, o intento deste trabalho não é unicamente decifrar a linguagem do erotismo, mas sim, intencionalmente, construir os elementos essenciais da análise “além-erótica” na obra, tracejar um caminho em que se possa compreender o lugar em que a memória se constrói como transgressiva e, sobretudo, conhecer um pouco do poder de Eros. Para isso, analisar-se-á o conto Movimento No Porão, já que esse possui elementos que constituem um retrato de uma época, um recorte da memória de uma geração, uma delineação de uma Belém erótica subjugada aos mecanismos de poder.
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