ANDANÇAS DE SETEMBRO II
Palavras-chave:
Lindanor CelinaResumo
A falar a verdade, barraco mesmo não era não. Era num arrebalde que era um despotismo de lonjura, lá para os confins de Osasko, mas era algo já bem melhor que um barraco de paredes de caixotes e cobertura de zinco. Porque Carolina de Jesus, a negra favelada que é hoje uma das personagens mais discutidas deste país, não mais habita o mísero "quarto de despejo" que foi motivo, cenário e chão de sua obra. Que ninguém pense também que já mora num bangalô ou num belo apartamento. Carolina viveu tantos anos naquele ambiente degradante e infecto que precisa agora de uma transição, uma espécie de ante-câmara entre o "quarto de despejo" e a casa que ela merece, não apenas como autora do maior "best-seller" do momento, mas sobretudo como vivente, como ser humano.Downloads
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28/11/2017
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Artigos