A COMPLEMENTAÇÃO BITRANSITIVA E A EXPRESSÃO DO OBJETO INDIRETO - ESTUDOS DO PORTUGUÊS CULTO FALADO EM BELÉM EM COTEJO COM OUTRAS VARIEDADES

Autores

  • Ednalvo Apóstolo Campo ednalvoc@yahoo.com
    Universidade do Estado do Pará - UEPA

Palavras-chave:

Complementação verbal. Objeto indireto. Dativo. Complemento oblíquo.

Resumo

Os complementos preposicionados dos verbos bitransitivos (semanticamente interpretados como verbos de transferência e movimento) tradicionalmente costumam ser classificados como objetos indiretos. No entanto, esses complementos têm natureza diversa; de um lado há os argumentos que recebem o caso dativo - os dativos prototípicos - (identificados pela morfologia e semântica próprias) e, de outro, os argumentos que recebem o caso oblíquo (também com semântica e morfologia próprias). Estão diretamente relacionados nesse quadro o papel semântico das preposições (a, para, de, em etc) bem como os pronomes pessoais que substituem os sintagmas preposicionados (SPs) complementos dos verbos bitransitivos. A expressão desses complementos em língua portuguesa, quer por meio de SPs, quer na versão pronominalizada, apresenta diferença considerável nas variedades portuguesa e brasileira. Em se tratando do argumento com o caso dativo, no PE, ele será encabeçado obrigatoriamente pela preposição ‘a’ e, na 3ª. pessoa, pronominalizado pelo clítico ‘lhe’; já no PB, ocorre variação quanto ao uso da preposição ‘a’ ou ‘para’ com o licenciamento das formas pronominais tônicas preposicionadas: ‘a ele(a)’ ou ‘para ele(a).

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Publicado

27/09/2016
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