DAS CARTAS: A BELÉM DE ANTIGAMENTE DE MÁRIO DE ANDRADE
Resumo
Este artigo resulta de parte da pesquisa Epístolas Poéticas sobre Belém, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará – (PPGED/UEPA), em parceria com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica UEPA/FAPESPA. Buscou analisar as experiências de Mário de Andrade em Belém do Pará por meio de cartas destinadas a Manuel Bandeira, com vistas a constituir um panorama da Belém de outrora, a partir do olhar poético de um “estrangeiro”. Assim, desenvolvemos uma pesquisa de natureza qualitativa, dividida em dois momentos: no primeiro, tratamos acerca da discussão teórica sobre o movimento modernista no Brasil e da vida e obra de Mário de Andrade, a partir das reflexões de estudiosos, como Alfredo Bosi (2006), Antônio Candido (1997), Massaud Moisés (2001), João Luiz Lafetá (1990), entre outros; no segundo momento, apresentamos e analisamos as cartas que Mário de Andrade destinou a Manuel Bandeira. Para a análise das correspondências, destacamos as reflexões de Vasti Araújo (2008) e André Botelho (2013). Além disso, estabelecemos diálogos com cartas, que Mário de Andrade destinou a Câmara Cascudo (1991) e a Anita Malfatti (1989), e com o diário “O Turista Aprendiz”. Os resultados apontam experiências de Mário de Andrade em Belém do Pará, como o discurso que o poeta teve de fazer em resposta ao então Presidente do Pará, Dionisio Bentes, e o julgamento da crítica brasileira da época em relação aos trabalhos produzidos por escritores modernistas. Concluímos que as informações presentes nas cartas que Mário de Andrade destinou a Manuel Bandeira são um breve resumo de um relato muito maior, aquele presente no diário “O Turista Aprendiz” e que podemos apreender a realidade por meio do poético, ou daquilo que chamamos de educação sensível.
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