https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/issue/feed Resumos da IV Semana Acadêmica de Filosofia da Uepa 2019-06-06T01:36:57+00:00 Wladirson Ronny da silva Cardoso wladirson.cardoso@gmail.com Open Journal Systems <p>Edição Eletrônica dos Resumos Aprovados para as Sessões de Comunicação da IV Semana Acadêmica de Filosofia da UEPA.</p> https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1899 A CONFISSÃO NO PERÍODO ÉTICO DE MICHEL FOUCAULT 2018-11-03T20:29:43+00:00 Rafael Siqueira Monteiro epistemephilo@gmail.com <p>A confissão no período ético de Michel Foucault; trata-se de uma pesquisa teórico-bibliográfica, cujo objetivo geral<br />é analisar a novidade aportada por Foucault no uso do conceito confissão em seu período ético. O problema desta<br />pesquisa é: Como Foucault aborda a confissão em seu período ético? Esta pesquisa parte da hipótese de que a partir<br />de 1979 o conceito confissão além de se tornar central nas análises de Foucault é pensado diferentemente de outros</p><p>períodos de sua obra. Trata-se que o conceito confissão foi submetido a certas variações de conteúdo devido alguns<br />deslocamentos teóricos presentes na obra de Foucault. Em meio a esses deslocamentos o conteúdo do conceito<br />confissão foi sendo modificado de acordo com os interesses que ora instigava o espírito inquieto de Foucault. Nosso<br />interesse ao trazer o tema da confissão não é de abarcar esse conceito na totalidade da obra foucaultiana, muito<br />menos de analisar a maneira pela qual essas mudanças ocorreram ao longo de suas pesquisas. Queremos, pois,<br />realizar uma análise acerca da maneira pela qual Foucault aborda o tema da confissão em seu período ético. Como<br />suporte teórico, além das obras do período ético de Michel Foucault, buscaremos fundamentação teórica nos<br />comentadores: Cesar Candiotto, Frédéric Gros, Edgardo Castro, Jean-François Bert, Michel Senellart e Philippe<br />Chevallier.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1900 UMA ANÁLISE FILOSÓFICA SOBRE A LOUCURA NA HISTÓRIA. 2018-11-03T20:29:43+00:00 Leticia Lages Assunção leticialages97@gmail.com <p>Este artigo científico-filosófico objetiva explicitar o surgimento da Loucura em seu contexto histórico e cultural,<br />juntamente com o surgimento do Hospital dos Loucos, passeando pelos conceitos de Manicômios, Hospitais<br />psiquiátricos em visão literária e psicológica explicitando, assim, o surgimento de uma nova concepção de<br />insanidade e as condições estruturais de tratamentos dos chamados "Loucos". A construção deste artigo se corrobora<br />com leituras de Michel Foucault "História da Loucura" e "Os anormais", "O Elogio à Loucura" de Erasmo de<br />Rotterdam, entre outros. O conceito de "Louco" e "Loucura" é explorado e desconstruído durante o artigo,<br />levantando questionamentos sobre quem é o verdadeiro louco da sociedade, se a razão é realmente racional e se a<br />loucura é realmente louca; espero com este artigo ajudar no aprofundamento do debate filosófico sobre a Loucura e<br />os Loucos, desconstruindo concepções preexistentes, que somente são reproduzidas, se ausentando de uma<br />verdadeira e profunda reflexão, contando a História da Loucura desde o Renascentismo até a contemporaneidade ao<br />mostrar seus reflexos na concepção atual de sociedade.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1917 ONTOLOGIA FENOMENOLÓGICA: O PROCEDER FENOMENOLÓGICO COMO POSSIBILIDADE DE RETORNO À QUESTÃO DO SENTIDO DO SER EM GERAL EM HEIDEGGER 2018-11-03T20:29:43+00:00 Antonio Joel Lima da Silva antoniojoel167@gmail.com <p>Buscar-se-á, neste trabalho, demonstrar como a fenomenologia-hermenêutica do ser-ai é, segundo Martin<br />Heidegger, a possibilidade ontológica de retomar à questão do sentido do ser em geral em Ser e Tempo. Dessa<br />forma, demonstrar-se-á como Heidegger formula o seu método a partir da abordagem fenomenológica empreendida<br />nos étimos gregos: Phainomenon e Lógos, para, assim, romper com o conceito formal de fenomenologia pensado<br />pelo seu professor Edmund Husserl e erigir o seu próprio método de investigação, qual seja, o método<br />fenomenológico-hermenêutico. Essa diferenciação, portanto, demonstra que a fenomenologia pode ser entendida<br />como a "ciência" dos fenômenos; isso acontece por conta de que o procedimento fenomenológico, que está<br />embasado na</p><p>máxima: "voltar às coisas elas mesmas", é, antes de mais nada, o princípio de toda e qualquer ciência enquanto<br />âmbito investigativo. Nessa perspectiva, a fenomenologia deve ser o método que explicite - a partir de seu<br />procedimento - o objeto temático da ontologia, isto é, enquanto método investigativo que deixa e faz ver as coisas a<br />partir de como elas mesmas se mostram, a fenomenologia deve explicitar o ser dos entes, tornando-se, dessa forma,<br />o método que possibilita - não apenas o esclarecimento do objeto ontológico, mas que admita - a recolocação da<br />questão do sentido do ser em geral em Ser e Tempo.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1919 O TEMPO POÉTICO E A POÉTICA DO TEMPO 2018-11-03T20:29:43+00:00 Messias Lisboa Gonçalves meslisboa@gmail.com Antônio Máximo Ferraz meslisboa@gmail.com <p>O tempo não se encerra em conceitos ou se limita a algum estudo sistemático, pelo contrário, o tempo extrapola as<br />especulações e se apresenta ao homem enquanto uma questão desde os tempos mais remotos e até hoje nos<br />questiona, e nos solicita um exercício de escuta. Desta forma, o tempo que o homem intentou controlar por meio de<br />um relógio contador não pode ser comensurado, uma vez que existe uma concepção de tempo que se estende e se faz<br />presente nas ações do próprio homem, fugindo assim de qualquer medição ou cálculo. Diante disso, o objetivo<br />fulcral deste estudo é pesquisar o entendimento de tempo poético. Assim, Martin Heidegger (2005) nos explica que<br />tempo é presença, o tempo é poético, o tempo é acontecer, e o tempo é destinado a cada ser vivente, neste sentido o<br />tempo é vida sendo. Então, toda a história do pensamento sobre o que é o tempo, ainda, não terminou e talvez nunca<br />termine, visto que há algo no tempo que não pode ser captado pelos ponteiros dos relógios e nem o homem consegue<br />acompanhar o transcorrer constante do tempo, já que o tempo permanece e se faz presente. Para realizar este intento,<br />buscamos especialmente em Martin Heidegger (1889-1976) e Henri Bergson (1859-1941) um diálogo que permita<br />pensar a questão do tempo.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1930 MULHER: TERMO EM PROCESSO - UMA ANÁLISE DE SIMONE DE BEAUVOIR E JUDITH BUTLER. 2018-11-03T20:29:43+00:00 Yasmim Rejane Martins de Oliveira yasmim.philosophia@hotmail.com <p>Este trabalho consiste na reflexão da condição feminina no pensamento da filósofa Simone de Beauvoir a partir da<br />obra "Segundo Sexo", e das teorias da filósofa Judith Butler a partir da obra "Problemas de gênero: feminismo e<br />subversão da identidade". A pesquisa analisou o contraste existente na forma que a identidade feminina é<br />desenvolvida nas obras dessas duas filósofas. A proposta dessa pesquisa é perceber o quanto o pensamento dessas<br />autoras refletiu ou reflete no que tange à ação política do Feminismo. Foram analisadas as reflexões trazidas por<br />Simone de Beauvoir acerca do estudo da situação de subvenção, as implicações e consequências sociais de "ser" do</p><p>gênero feminino. Paralelamente, focou também sua tentativa de realizar um projeto que fornece alternativas de<br />emancipação à situação. No caso de Judith Butler, foram pensadas suas críticas em relação projeto de Beauvoir e sua<br />refutação no que concerne ao modo pelo qual a categoria mulheres era concebida e representada em termos<br />políticos. As contribuições que esta pesquisa pode trazer no sentido de proporcionar respostas aos problemas<br />propostos ou ampliar as formulações teóricas a esse respeito consistem na discussão sobre a condição da mulher na<br />sociedade, no campo filosófico, colaborando com as discussões acerca do feminismo e como ele se enquadra na<br />comunidade acadêmica.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1946 A QUESTÃO DO SÓCRATES NA OBRA CREPÊSCULO DOS ÍDOLOS 2018-11-03T20:29:44+00:00 Jessica Thainá Ribeiro Viana thainavianna26@gmail.com <p>O personagem Sócrates é uma temática importante dentro da filosofia de Friedrich Nietzsche (1844-1900),<br />fazendo-se presente em várias de suas obras, porém de forma mais direta em três delas, a saber, O Nascimento da<br />Tragédia (1872), Crepúsculo dos ídolos (1888) e a obra inacabada Sócrates e a Tragédia. No presente trabalho<br />iremos nos ater apenas a duas das três obras aqui citadas, tendo como obra de analise central O Crepúsculos dos<br />Ídolos. O objetivo deste trabalho é investigar acerca do personagem Sócrates e o que ele representa no pensamento<br />do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, utilizando como referência o segundo capítulo da obra Crepúsculo dos<br />ídolos intitulado "O Problema de Sócrates". Perpassaremos de forma sucinta pela obra O Nascimento da Tragédia<br />para melhor compreensão do personagem Sócrates enquanto a figura do decadente e como esse socratismo traz em<br />si a decadência e assim se dá o fim da cultura grega para Nietzsche, além de trazer consigo essa incessante busca<br />pela verdade característica da filosofia dogmática.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1953 PARRESÍA: O CINISMO COMO VIDA POLíTICA E FILOSÓFICA NO LIMITE DA SOCIEDADE 2018-11-03T20:29:44+00:00 Jorbeson Oliveira Wanzeler jorbesom_4@hotmail.com <p>A presente proposta de comunicação oral consiste em dar um voo esquemático na noção foucaultiana de parresía<br />como um dizer-a-verdade escandaloso, radical que tenciona a relação entre bios e logos, práticas de vida e discurso<br />verdadeiro, que desse modo transvalora a filosofia como campo do discurso técnico (tékhne) para sua relação mais<br />imediata com a ética (éthos). Vê-se a partir de Foucault, o cínico como um parresiasta, aquele que possui fala franca,<br />que na escandalização da verdade, critica efetivamente os costumes, instituições e modos de vida da sociedade.<br />Desse modo, perceber como a pratica da parresía instaura um dizer a verdade que procura a transformação do éthos<br />de seu interlocutor, ao mesmo tempo em que, se mostra como um risco para o locutor, a partir fala franca em um<br />locus especifico, diferente do locus geral e aberto, que a filosofia praticou na história. Que se distingue do dizer a<br />verdade do ensino, da profecia e da sabedoria. Assim, procurar uma nova noção do cinismo, que faz da filosofia a<br />vida como teatro da verdade.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1906 A CONSTRUÇÃO SISTEMÁTICA DO SER HUMANO E SUA RELAÇÃO COM O CONHECIMENTO PRODUZIDO PELA HUMANIDADE 2018-11-03T20:29:42+00:00 Alessandra Soares da Silva alesoaressilva1801@gmail.com João Paula Pinheiro Neto alesoaressilva1801@gmail.com <p>O peso extremo da total responsabilidade de si, unido com a necessidade incessante pela definição, dá ao homem<br />uma condição emocional bem distinta, ao mesmo tempo que se deprime, a compreensão adquirida da uma sensação<br />de "força", pelo total desprendimento da ideia de um destino pré-definido, onde estaria escrito que o sujeito viverá<br />100 anos ou apenas 20, que viverá rodeado de amigos e amores ou será fadado a viver na mais profunda solidão.<br />Então, essas ideias atribuídas ao futuro do ser humano, estão a inteira disposição dele, para que as altere da maneira<br />que desejar, por meio de suas ações no presente que ressonaram, criando possibilidades em seu futuro, as quais ele<br />terá noção se são boas ou ruins. Tudo depende inteiramente do homem, logo temos uma triste alegria ou uma alegria<br />triste, já que ainda é possível sentir muito mais um do que outro, mas a princípio é uma sensação serena, um ponto<br />entre a paz e o caos. E ao pensar que "o homem quando escolhe a si, também escolhe a humanidade", tem-se a<br />brecha para indagar que eu não sou apenas eu, mais o próximo também e vice-versa. Portanto, quando o ser humano<br />chegar no ápice do conhecimento de si mesmo, na plena introspecção, ele talvez encontre uma "consciência<br />coletiva", que mostrará que todos somos um.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1934 O CONCEITO DE ANGÊSTIA DE KIERKEGAARD PARA A CONSTRUÇÃO DA EXISTÊNCIA AUTÊNTICA 2018-11-03T20:29:42+00:00 Milene Dayana Paes Lobato milenedayana222@gmail.com <p>O trabalho corresponde ao aprofundamento da concepção filosófica da angústia iniciada por Soren Aabye<br />Kierkegaard (1813-1855), explanando a fundamentação e a relação que a angústia possui com a existência humana.<br />O artigo é fundamentado pela obra "O Conceito de Angústia" (1968) onde, através de uma pesquisa bibliográfica,<br />iremos compreender a origem, o conceito e a finalidade da angústia enquanto sentimento inerente ao homem. O<br />objeto problematizado pretende investigar o pensamento do filósofo sobre o homem existencial e as determinações<br />impostas sobre ele, a origem da possibilidade da liberdade humana de escolher e se responsabilizar por suas escolhas<br />ao interpretar a angústia presente nos três estágios da existência até a autenticidade. A análise profunda feita por<br />Kierkegaard sobre a angústia como fundamento da existência autêntica reflete no homem contemporâneo e nos<br />filósofos da corrente existencialista, especificando, assim, a importância de retomarmos seu pensamento para uma<br />melhor compreensão do ser hodierno.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1926 A ORIGEM DO MAL E A LIBERDADE EM KANT 2018-11-03T20:29:47+00:00 Heloísa Helena Silva dos Santos maquiavellism@gmail.com <p>A presente pesquisa busca evidenciar a relevância da origem do conceito de mal radical para a construção do<br />conceito de liberdade na teoria prática kantiana. Para tal feito, a investigação partirá da interpretação da escritura<br />bíblica de Gênesis (2-6) feita por Kant e exposta no opúsculo Começo conjetural da História Humana (1786). A<br />partir da escritura sagrada, o filosofo nos apresenta uma leitura moral da saída do homem do estado de tutela da<br />natureza para o estado de liberdade, demonstrando que a história da natureza inicia com o bom (Estado de</p><p>inocência), pois é obra de Deus, e a história da liberdade inicia com o mau (Pecado original), pois é obra do homem.<br />No segundo momento, relacionaremos o exposto com a obra A Religião nos Limites da Simples Razão (1793) onde<br />Kant interpreta a doutrina do pecado original como o mal radical na humanidade, este agindo como um pendor inato<br />e inclinação que, nas máximas que guiam a nossa ação, nos impele a desviar-nos da lei moral. É exatamente neste<br />sentido que sustentamos que a leitura bíblica que Kant faz nos textos, ainda que de modo conjectural, acaba por<br />fundamentar o conceito principal de sua razão prática assim como é sua principal exigência: a liberdade, pois,<br />emancipa o homem dos braços maternos da natureza o lançando no plano da maioridade como ser autônomo que faz<br />uso de sua própria razão e faz suas próprias leis.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1887 A CONCEPÇÃO DE ESPAÇO E DE TEMPO SEGUNDO NEWTON, LEIBNIZ E KANT 2018-11-03T20:29:47+00:00 Vinicius Wiliams Silva viniciuswilliams871@gmail.com <p>Esse artigo tem como objetivo expor as diferentes concepções de espaço e de tempo, segundo Newton, Leibniz e"Kant. Para o primeiro, o espaço e tempo eram entendidos como grandezas absolutas, independentes do sujeito e das"coisas, sendo assim, existentes por si mesmas. O segundo, entendia esses conceitos, como uma relação recíproca dos"elementos da natureza e ligados às coisas, ou seja, o espaço e o tempo dependem da relação das coisas para"existirem. Quanto a Kant, sua concepção de espaço e de tempo dependem unicamente da capacidade cognitiva do"sujeito, pois essas são formas puras da sensibilidade. Esta é faculdade primaria e receptora de dados que geram o"conhecimento. Nos primeiros anos acadêmicos de Kant, na Universidade de Konigsberg, de 1740 a 1746 ele foi"influenciado por uma versão da metafísica de Leibniz que havia sido popularizada pelo filósofo alemão Christian"Von Wolff e também pela física matemática de Newton. O seu professor, Knutzen, mostrou as complexidades,"contradições e oposições desses dois grandes filósofos naturais (Coulston3, 2007, p.1263). Além desses dois"filósofos, Kant, teve conhecimento e influência dos escritos de Locke e Descartes, pois estes debateram a respeito de"tempo e a duração. Conceitos esses, que foram uma das bases de sua filosofia sobre o tempo (Caygill4, 2000).</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1911 O DEBATE ENTRE A TEORIA DO CONHECIMENTO CARTESIANA E A TOMISTA 2018-11-03T20:29:47+00:00 Ian Silveira Pompeu ianspompeu@hotmail.com <p>O resumo atual trata de parte da obra "Filosofia moderna y filosofia tomista" de Nícolas O. Derisi, sobre a<br />gnosiologia cartesiana e a tomista, comprovando a maior completude da última para seu objetivo. Para tal, Derisi<br />demonstra que a tentativa de inovar a teoria do conhecimento por Descartes não foi bem-sucedida, implicando em<br />um método que ignora parte da natureza ontológica do objeto que pretende-se conhecer. Ora, se o conhecimento é<br />frustrado por um ato humano, é possível identificar o que leva a este e alterar o caminho, podendo-se compreender<br />com plenitude a relação entre homem e realidade. O tomismo defende a formação do conhecimento a partir dos<br />sentidos, passando pela inteligência passiva, a ativa até o verbo mental, concordando com o "fieri aliud in quantum<br />aliud" e discordando do método que constrói o "cogito ergo sum" cartesiano e seu pressuposto de dúvida universal,<br />pela necessidade do Ser até no duvidar. A escolha destas duas correntes não significa que são as únicas existentes,<br />mas as que parecem ser as principais ainda utilizadas pela complexidade de cada. Com efeito, a pretensão de<br />demonstrar a completude de uma teoria gnosiológica é para que os debates práticos facilitem-se diante da atual<br />discordância moral que, por vezes, impossibilita uma discussão. Desse modo, pode-se auxiliar cada pessoa a<br />descobrir a relação do "eu" com a realidade a partir do entendimento verdadeiro entre esta e aquele.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1938 TEORIA DO CONHECIMENTO E LIBERDADE NA ÉTICA DE ESPINOSA. 2018-11-03T20:29:47+00:00 Diego de Carvalho Sanches dcsanches@outlook.com <p>O presente artigo tem como objetivo demonstrar de que maneira Espinosa (1632-1677), em sua "Ética", relaciona os<br />gêneros do conhecimento com a liberdade humana. Em outras palavras: busca-se esclarecer o caráter fundamental<br />da teoria do conhecimento no processo de passagem do homem da servidão de seus afetos para a liberdade regulada<br />pela razão. Partindo da leitura da parte II da "Ética", buscar-se-á reconstruir a teoria dos três gêneros do<br />conhecimento para explicitar, a partir da parte III, de que forma os afetos se relacionam com a mente determinando<br />o pensamento e o comportamento humano. Em seguida, de acordo com a parte IV da "Ética", será preciso esclarecer<br />as condições da servidão do homem e como ela está intrinsecamente relacionada ao desgoverno dos afetos que, por<br />sua vez, é o resultado do conhecimento inadequado destes. Por fim, será preciso demonstrar, com base na parte II e<br />V, como o conhecimento adequado e, portanto, verdadeiro dos afetos constitui o processo de passagem da servidão à<br />liberdade.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1904 A FILOSOFIA CONCRETA DE MÁRIO FERREIRA DOS SANTOS E A SUA RELEVÂNCIA PARA O CENÁRIO FILOSÓFICO DO SÉC. XXI. 2018-11-03T20:29:42+00:00 Lucas Fonseca dos Santos lucasfonsantos@gmail.com <p>O objeto deste trabalho é o sistema filosófico formulado pelo filosofo brasileiro Mário Ferreira dos Santos, chamado<br />Filosofia Concreta. Serão tratados os (1) fundamentos e justificativa deste trabalho,</p><p>(2) a metodologia da exposição de sua filosofia e (3) as críticas às filosofias negativistas que o autor faz. Este<br />trabalho tem sua justificativa em três fatos relevantes para a filosofia contemporânea: (i) a crise da filosofia, (ii) a<br />necessidade de uma síntese filosófica e (iii) a importância do sistema e do autor estudado, ainda muito pouco lidos.<br />Serão expostos os (a) fundamentos da Filosofia Concreta, (b) o Ponto Arquimédico de um filosofar apodítico, (c) as<br />vias demonstrativas e a dialética ontológica, que objetivam trazer a filosofia para um patamar cientifico. E por fim,<br />suas críticas ao (i) ceticismo, (ii) niilismo e (iii) agnosticismo filosófico. Sua importância para a filosofia, é que seu<br />sistema forma uma síntese relevante de quase todas as filosofias e sistemas já construídos na história e possui uma<br />pretensão ousada de fundar toda a filosofia sob um fundamento apodítico; e pela importância do autor, sendo Mário<br />Ferreira dos Santos um dos grandes filósofos brasileiros do século passado cuja obra abrange mais de 45 volumes de<br />sua Enciclopédia de Ciências Filosóficas e Sociais e somados à uma obra original na história do pensamento<br />filosófico brasileiro.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1924 SOBRE AS CARACTERÍSTICAS LOCUCIONÁRIAS NA TEORIA DOS ATOS DE FALA DE J. L. AUSTIN 2018-11-03T20:29:46+00:00 Matheus Colares do Nascimento matheuscolares12@gmail.com <p>O objetivo deste artigo é tratar da distinção entre características locucionárias, ilocucionárias e perlocucionárias no<br />âmbito da Teoria dos Atos de Fala (TAF) elaborada por J. L. Austin (1911-1960). Na primeira parte, farei um breve<br />panorama histórico da filosofia da linguagem, no qual situarei o estudo da pragmática ressaltando a sua importância<br />para este ramo da filosofia. Também ressaltarei a importância de Austin como um dos principais filósofos<br />responsáveis pelo seu desenvolvimento como um ramo sólido da filosofia da linguagem contemporânea. Na segunda<br />secção, introduzirei os principais conceitos da TAF de Austin formulados na sua obra How to do things with words<br />(1962). Primeiramente, tratarei da distinção de caráter propedêutico entre atos constatativos e performativos,<br />importante para o objetivo central deste trabalho. Em seguida, discutirei as características locucionárias,<br />ilocucionárias e perlocucionárias dos atos de fala e algumas de suas peculiaridades. A última seção do artigo é<br />reservada à discussão de três objeções TAF e seus desdobramentos, nomeadamente, 1) o problema de Cohen, 2) o<br />carácter historicista da TAF e 3) possíveis desvios de convenções relacionados à TAF.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1890 DANÇA IMANENTE - PRESENÇAS DE DELEUZE 2018-11-03T20:29:39+00:00 Robson Farias Gomes robsongomes_15@hotmail.com <p>Este trabalho objetiva identificar e analisar as presenças de Gilles Deleuze no arquétipo teórico-conceitual da Dança<br />Imanente. A Teoria da Dança Imanente (2010), cunhada pela pensadora da dança e do corpo Ana Flávia Mendes,<br />pretende atribuir um caráter de pessoalidade, idiossincrasia e subjetividade à obra coreográfica que se insere no<br />terreno da antropologia da performance, epistemologia e ontologia da arte e filosofia. Tal arquétipo baseia-se nos<br />princípios da pós-modernidade artística e filosófica que propiciam a construção de conceitos que norteiam o<br />fazer-ser da arte no mundo. Os conceitos-cernes abordados nesta investigação estão sustentados nos pressupostos<br />contemporâneos dos estudos do corpo e da dança com amplo firmamento no elo entre corpo, vida e cena. Dentre os<br />conceitos, destacamos análise ao Corpo Imanente, O corpo como forma e conteúdo da obra coreográfica e Corpo<br />Rizomático, que estão intrinsecamente relacionados com o panorama filosófico deleuziano por meio do plano de<br />imanência.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1897 DÓCEIS MENINAS: REFLETINDO QUESTÕES DE GÊNERO EM CHUVAS E TROVOADAS 2018-11-03T20:29:40+00:00 Raylton Carlos de Lima Tavares rayltoncarlos@gmail.com <p>Este trabalho é um recorte da pesquisa de Iniciação Científica intitulada Discursos subversivos na literatura<br />amazônica: ideologias e relações de poder, orientada pela Dra. Rosângela Sousa e financiada pelo PIBIC-ProDoutor<br />(2017-2018). O gênero é parte das estruturas sociais que são prévias às nossas ações, entretanto, através da agência<br />humana as estruturas sociais podem ser mantidas ou transformadas, isto é, o gênero, enquanto estrutura, é passível<br />de mudança. O discurso é uma forma de ação/representação/identificação da qual lançamos mão para agir sobre as<br />estruturas, pois, apesar de ser por elas constrangido, ele também é socialmente constitutivo. Portanto, nesta<br />apresentação, objetivamos refletir sobre os discursos (modos de representar) acerca da mulher no texto Chuvas e<br />trovoadas, de Maria Lúcia Medeiros (2009). Para tanto, baseamo-nos na Análise de Discurso Crítica<br />(FAIRCLOUGH, 2003, 2016; VIERA; RESENDE, 2016; VAN LEEUWEN, 1997), no Realismo Crítico<br />(BARROS, 2015; RESENDE, 2009) e na Teoria Queer (BUTLER, 2018). Os resultados apontam que o texto<br />materializa dois discursos díspares: o machista, em que a mulher é um ser dócil, suas práticas são essencialmente<br />ligadas ao lar e a ser uma boa esposa; e o subversivo, onde há possibilidades outras de ser mulher/performatizar.<br />Dessa forma, o discurso machista é alçado no texto para ser ironizado e questionado pelo discurso subversivo.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1909 A FILOSOFIA DO SENSO COMUM DE G.K. CHESTERTON 2018-11-03T20:29:40+00:00 Lyanne Maria Correa Soares lyannemaria@gmail.com <p>Gilbert Keith Chesterton foi um dos maiores escritores do século XX, escritor Inglês, famoso por seus paradoxos,<br />criticou em seus escritos os pensamentos filosóficos daquela época e, hoje, resultam consequências ao mundo<br />moderno. Logo, os assuntos atuais da sociedade estão nas raízes históricas das chamadas ideologias ou correntes de<br />pensamentos existentes, como relativismo moral, utilitarismo, materialismo, cientificismo, progressismo. Assim,<br />filósofos dessas correntes não mostram a realidade, isto é, não correspondem ao senso de realidade do mundo -<br />senso comum. Entende-se pelo homem comum, com suas convicções e com preceitos tradicionais. O homem<br />comum não questiona, aceita aquela realidade sem busca-lá entender. No entanto, Chesterton ressalta que vai chegar<br />ao ponto em que o homem terá que provar porque a grama é verde, além de tentar provar a sua existência. Além<br />disso, o homem do senso comum não é como o homem moderno que não tem um pensamento concreto, diariamente<br />muda; logo, é impossível mudar o mundo tendo pensamentos diferentes. Dessa forma, o homem são tem mais<br />sanidade (homem do senso comum):"o homem pode compreender tudo com a ajuda daquilo que não compreende".<br />Em contrapartida, o homem louco é racional; ou seja, ele se perde por querer explicar tudo - "a mente dele se move<br />num círculo perfeito, porém reduzido". Portanto, a filosofia do senso comum é o homem comum contra o senso<br />incomum dos "intelectuais".</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1912 O EXISTENCIALISMO E O ABSURDO: UMA ANÁLISE LITERÁRIA E FILOSÓFICA DA OBRA "A METAMORFOSE" DE FRANZ KAFKA. 2018-11-03T20:29:40+00:00 Thaís da Silva Frazão thaisfrazao2017@gmail.com Patrícia Romário Franco thaisfrazao2017@gmail.com Elielson de Souza Figueiredo thaisfrazao2017@gmail.com <p>Esse trabalho traz uma análise crítica e literária da obra fantástica "A Metamorfose" de Franz Kafka, com enfoque<br />nos recursos narrativos utilizados na construção do protagonista - Gregor Samsa -, tendo por objetivo<br />problematizar, à luz de conceitos do existencialismo, a relação de liberdade e de angústia, debatidos em Sartre<br />(1946). Segundo o filósofo o homem é livre para escolher e responsável pelos resultados de tais escolhas, contudo,<br />tal responsabilidade e liberdade possuem o poder de condená-lo. Em um primeiro momento, analisaremos como essa<br />relação se dá no contexto de Gregor, e como, uma vez metamorfoseado, as consequências de suas decisões e a<br />realidade de sua condição desencadeiam em si a angústia. Em seguida, entramos no segundo momento, quando<br />provocaremos uma reflexão acerca do Absurdo teorizado por Albert Camus (1941), para entendê-lo como chave<br />teórica da relação do homem com o mundo, de modo que a metamorfose do protagonista seja representação<br />ficcional desse conceito, o qual aponta para o cansaço existencial ao final dos atos de uma vida mecânica. Na obra,<br />buscamos analisar como as escolhas feitas por Gregor, contribuíram para despertar nele tal cansaço. Por fim,<br />analisamos o teor fantástico da obra pelo viés de Tzvetan Todorov (1970), com o intuito de indicar as relações entre<br />a narrativa fantástica e a filosofia existencialista.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1914 O SUICÍDIO DE EMMA BOVARY: UMA ANÁLISE LITERÁRIA SOBRE O ABSURDO E O EXISTENCIALISMO PRESENTES NA NARRATIVA DE GUSTAVE FLAUBERT. 2018-11-03T20:29:40+00:00 Patrícia Romário Franco patriciaromario@hotmail.com <p>O presente trabalho traz uma análise crítica e literária do romance realista de Gustave Flaubert, "Madame Bovary",<br />com enfoque nos recursos narrativos que constituem a criação da protagonista, tendo por objetivo refletir, à luz de<br />conceitos do existencialismo, sobre a relação entre angústia e liberdade, debatidos por Sartre (1946). A escolha do<br />teórico se deu devido à discussão levantada por ele sobre a responsabilidade que o homem possui quanto às<br />consequências de suas decisões, uma vez que, segundo o filósofo, esse homem é livre para escolher e seus atos<br />detêm o poder de condená-lo. No contexto de Bovary, buscamos analisar como o processo de defrontar-se com os<br />resultados de suas decisões causa em si o sentimento de angústia e desespero. Provocaremos, também, com o intuito de apontar as relações entre a narrativa e a filosofia existencialista, uma reflexão acerca do</p><p>Absurdo teorizado por Albert Camus (1941), entendendo-o como chave teórica da relação do ser humano com o<br />mundo, de modo que o suicídio de Bovary possa ser entendido como representação ficcional desse conceito, o qual<br />aponta para a decepção e o desamparo de confrontar-se com o rompimento de suas expectativas, face à realidade.<br />Por fim, analisamos o teor realista da obra pelo viés de Leite (2004), bem como a ruptura com o tradicional<br />romântico, intencionada por Flaubert, utilizando a visão de Watt (1990) e Lukács (2000) para enfatizar esse<br />contraste.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1920 O INDIVÍDUO CONTEMPORÂNEO PERANTE A PERDA DA IDENTIDADE: UM DIÁLOGO ENTRE MARTIN BUBER E GUY DEBORD. 2018-11-03T20:29:40+00:00 Suellen Lima de Brito suellenlima_hp@hotmail.com <p>O presente estudo visa relacionar as obras A sociedade do espetáculo de Guy Debord (1931-1994) e Eu e Tu Martin<br />Buber (1878-1965) para discorrer sobre a perda da identidade do indivíduo contemporâneo imerso em situações de<br />crises; A obra de Buber apresenta dois conceitos: o Eu-Tu e o Eu-Isso como palavras-princípios. O Eu-Tu como<br />uma relação dialógica, encontro entre dois parceiros mutualmente e o Eu-Isso como um relacionamento monológico,<br />experiência e utilização ou uso. O mundo do ISSO se invadir o mundo do homem leva este a perdição, pois invade o<br />seu próprio EU perdendo assim sua atualidade, ou seja, torna-se um ser nem "fora" nem "dentro", unicamente, ele se<br />perde em seu interior porque o homem não pode viver só com o ISSO posto que se assim for ele não será mais<br />homem. Já Debord nos apresenta a sociedade do espetáculo, cuja marca é afirmação da aparência de toda a<br />sociedade, repleto de trivialidades e cuja visão de mundo é objetivada, objetivando assim os indivíduos inseridos<br />nela, pois separa o ser humano de si mesmo, originando um esmagamento do eu, o individuo na sociedade do<br />espetáculo é despossuído de si, na linguagem de Buber, o individuo passa a ser o Eu-Isso, pois perde-se do seu<br />Eu-Tu, assim como na linguagem de Debord, o espetáculo significa - entre suas milhões de faces -que o mundo do<br />Eu-Isso é a realidade do individuo que o leva a sucumbir pois ele está perdido dentro do seu próprio eu.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1925 NELSON RODRIGUES E O DESEJO MIMÉTICO 2018-11-03T20:29:40+00:00 Elvis Borges Machado profelvismachado@gmail.com <p>A presente comunicação pretende mostrar que Nelson Rodrigues, em várias passagens da coletânea "A vida como<br />Ela É", demonstra um arguto entendimento sobre o desejo amoroso. O banal tema do ciúme, recorrente em seus<br />contos, revela o seu caráter potencialmente teórico ao demonstrar que o amor e o ciúme estão inevitavelmente<br />indissociáveis. Logo, a promessa de um outro, rival/amante, real ou imaginária, torna-se indispensável para a<br />realização amorosa das personagens rodriguianas. Para René Girard, filósofo francês, o desejo humano é sempre<br />mimético, porque, sempre, necessitamos de um modelo para avaliar nossas escolhas e legitimar nossos desejos.<br />Todavia, a nossa falta de autonomia gera uma perpétua coincidência de desejos, pois, como o clichê rodriguiano do<br />triângulo amoroso, o sujeito passa a desejar o mesmo objeto que o modelo, o que os leva a uma inevitável<br />rivalidade. Portanto, o destino do desejo é sempre o fracasso, pois sempre caminha para uma inevitável frustração e<br />rivalidade. Ora, Nelson Rodrigues tinha total consciência desse paradoxo do desejo e é por isso que, na obra<br />rodriguiana, para perseverar no amor se faz necessário nunca manter a posse absoluta do objeto. Daí as personagens<br />mais felizes serem aquelas que, agindo como "O eterno marido", de Dostoiévski, sabem dividir seus casos amorosos<br />como um legítimo casal de três.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1945 O APRENDIZADO DA FINITUDE: MANUEL BANDEIRA E A DECISÃO DE APRENDER A PARTIR DE UMA VEZ. 2018-11-03T20:29:40+00:00 Elizelmo Quaresma Ferreira Filho elzioquaresmaferreira@gmail.com <p>O presente trabalho tem como intuito pesquisar a questão da morte nos poemas "Visita" e "Lua Nova", de Manuel<br />Bandeira, os quais integram o livro Opus 10, partindo do pressuposto que neles podemos vislumbrar uma<br />aprendizagem da finitude. É importante ressaltarmos que se entende, aqui, a aprendizagem não como assimilação de<br />conceitos previamente formulados acerca de um tema ou disciplina (conforme sua acepção usual), mas, sim, como<br />um projetar-se ao questionamento. Dentro desse viés, uma aprendizagem da finitude seria um projetar-se ao livre<br />questionamento da morte, sem a vã pretensão de confiná-la em um conceito ou paradigma que a esgote. Entendemos<br />que, tanto em "Visita" quanto em "Lua Nova", Manuel Bandeira afasta-se da tendência contemporânea de impor à<br />morte conceituações negativas. Ao longo dos versos desses poemas, o poeta lança-se ao radical questionamento da<br />morte, permitindo-se pensá-la em seu mistério infindável, indo rumo à aceitação desse fenômeno da existência como<br />algo absolutamente natural e familiar, para onde o homem deve direcionar seus passos em vida. A abordagem<br />metodológica que adotamos foi a hermenêutica filosófica. Partimos das considerações de Hans-Georg Gadamer, o<br />qual, em escritos como Verdade e Método (1997), defende que a interpretação de um texto literário deve consistir<br />em uma disposição a ouvir a voz que ressoa do texto, isto é, em abrir-se para sua alteridade. Assim, humildemente,<br />nos disponibilizamos a ouvir a voz dos poemas interpretados para podermos compreender a aprendizagem da<br />finitude que se manifesta no "dizer" de cada poema.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1927 A CONCEPÇÃO DA CIRCULARIDADE HERMENÊUTICA EM HANS-GEORG GADAMER. 2018-11-03T20:29:47+00:00 Susan Karolaine Gonçalves Soares karolaineuepa@gmail.com <p>O presente trabalho tem como objetivo dedicar-se ao conceito de circulo hermenêutico a partir da hermenêutica<br />filosófica concebida por Hans-Georg Gadamer. O autor desenvolve o conceito de circularidade sob a influência do<br />pensamento de Martin Heidegger, em que a configuração do circulo hermenêutico é reestruturada e assume a própria<br />estrutura do existir humano por uma hermenêutica menos metodológica e mais ontológica. Diante do novo cenário<br />ontológico que caracteriza um novo sentido ao circulo hermenêutico Gadamer amplifica a discussão ao adicionar ao<br />sentido do circulo a "concepção prévia da perfeição" colocando a possibilidade de compreensão a partir do horizonte<br />de uma unidade de sentido perfeita. O processo interpretativo, que ocorre dentro do círculo, busca a verdade e é<br />previamente marcado pela expectativa do intérprete que ao ser interpelado pelo texto amplia seu horizonte de<br />compreensão e abre novas possibilidades de entendimento. O movimento de compreensão realizado pelo intérprete<br />não finda ao chegar em uma conclusão, pois, a vertente ontológica relacionada ao conceito de circularidade permite<br />ao processo interpretativo abertura constante para novas relações de sentido.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1942 "ISSO É DO DIABO: UMA REFLEXÃO HERMENÊUTICA DAS NARRATIVAS ORAIS ACERCA DOS PERSONAGENS "DEUS" É "DEMÔNIO" 2018-11-03T20:29:47+00:00 Walison Almeida Dias walisondias2@hotmail.com <p>Ao longo dos tempos, diversos relatos orais foram responsáveis pela construção da história da humanidade. O<br />método de como plantar, colher, os contos culturais e os mitológicos são exemplos das percepções da realidade e de<br />interações sociais. Sabendo que a tradição oral é um mecanismo de manutenção da cultura e transmissão de saberes,<br />este estudo intitulado; "Isso é do Diabo": uma reflexão hermenêutica das narrativas orais acerca dos personagens<br />Deus e Demônio, objetiva justamente analisar como estas narrativas, construíram, por um lado, a imagem de um ser<br />"Profano" dotado de uma essência maligna, culposa, injusta e mentirosa, que está próximo do homem e intervém de<br />forma direto-negativa em suas ações, e por outro um ser "Divino", que é todo atraente e poderoso, representado pela<br />bondade e justiça, mas que é distante da humanidade, e que necessita de diversas oblações humanas para<br />dispensar-lhes graças. Ao refletir o dualismo destas narrativas orais e de suas figuras complexas, percebe-se uma<br />dependência de um ser para com outro, que aparece de forma implícita nos discursos, e faz a manutenção da<br />cosmovisão religiosa. Portanto, ao pensar as estruturas narrativas que compõem os perfis de um "Deus" e de um<br />"Diabo", conclui-se que existe um ethos normatizador dos acontecimentos do cotidiano de um grupo religioso. Esse<br />mesmo ethos é fruto de um pensamento sistematizado coletivamente, que determina o que é divino e o que não é.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1888 DOS DIREITOS NATURAIS AOS DIREITOS HUMANOS: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE 2018-11-03T20:29:45+00:00 Julia Glenda Farias Pantoja ffariasjuliag@gmail.com <p>A palavra "pena" advém do latim "poena" e do grego "poiné", tem como significado "inflição de dor física ou"moral". Várias foram as modalidades de penas existentes, entre as quais estavam: a "vingança privada", a "Lei de"Talião" e, por fim, o Estado chamou para si a atribuição de resolver esses conflitos e a atribuição de aplicar as penas"correspondentes ao mal efetuado, chamando essa prática de "jurisdição". Com o tempo as modalidades de penas"foram se aperfeiçoando e sendo modificadas para melhor atender os anseios sociais. Entretanto, até o início do"período iluminista, as chamadas "penas aflitivas", ou seja, as penas em que o corpo do homem pagava pelo mal que"havia praticado, eram consideradas a regra quando se falando de punições. Os direitos naturais, aqueles que"independem da intervenção estatal, já eram debatidos séculos antes com a Magna Carta Libertatum, de 1215 e pela"Bill Of Rights, de 1689, onde já havia muitos debates sobre as penas de caráter corporais e privativas de liberdade. Entretanto, estas declarações não foram suficientes para que as penas corporais deixassem de ser a regra. Logo após a Revolução Francesa, foi necessária uma discussão acerca das atrocidades acometidas ao homem neste período e, então, nasceu a Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão. Esta declaração foi base principal para a criação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, onde as penas de caráter aflitivo foram abolidas dos Estados-membros.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1889 A CENSURA NO DISCURSO: UMA ANÁLISE DOS BENS HUMANOS DO CONHECIMENTO E DA AMIZADE 2018-11-03T20:29:45+00:00 João Renato Rodrigues Siqueira joao.renato.rs@gmail.com <p>Abordar-se-á a relação entre a censura e os bens humanos básicos da amizade e do conhecimento, conforme<br />apresentados por John Finnis. O conhecimento é compreendido como a capacidade de identificar a conexão entre as<br />perguntas realizadas e as respostas obtidas, criando diversas possibilidades. Enquanto que a amizade é um conjunto<br />de esforços que vão desde a garantia do necessário à convivência harmoniosa até o desenvolvimento de uma<br />amizade plena. Após conceituá-los, ater-se-á a relação entre aqueles e o discurso, o qual, possui condições para<br />realizar-se. Estas são: conhecimento, boa vontade e franqueza. O conhecimento constitui-se numa educação sólida e<br />abrangente; a boa vontade significa tratar as partes do discurso com a consideração que se tem com os amigos; e, a<br />franqueza que é compreendida como o ato de adentrar no diálogo de forma humilde, reconhecendo suas<br />contradições sem fingir concordância. Estas condições traduzem-se no respeito ao cnhecimento e a amizade.<br />Entretanto, alguns participantes do diálogo fecham-se em padrões comportamentais e não dispõem-se a criticá-los<br />ou abandoná-los. Para Finnis, esta postura deve ser evitada, mas os participantes não devem ser excluídos do<br />diálogo. Ao contrário, enquanto estiverem dispostos a ouvir, deve-se explicar a eles, pois o valor da amizade é<br />baseado no reconhecimento mútuo e no respeito aos bens humanos. Logo, a censura prévia não favorece o diálogo e,<br />portanto, viola o bem humano básico da amizade, devendo ser evitada.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1907 FERTILIZAÇÃO IN VITRO: A PROBLEMÁTICA DO PROCEDIMENTO HOMÓLOGO À LUZ DO PERSONA-LISMO TOMISTA 2018-11-03T20:29:45+00:00 Ana Carolina Costa Cabeça carolina.costa31@yahoo.com <p>O presente trabalho propõe um estudo da Fertilização In Vitro (FIV) homóloga - procedimento no qual é utilizado<br />apenas o material biológico dos pacientes desta técnica, ou seja, não há a doação dematerial biológico por terceiro -, mais especificamente no que se refere ao debate sobre o status de pessoa do</p><p>embrião, as problemáticas éticas acerca dos embriões excedentários, da redução embrionária, e a questão da sua<br />proteção jurídica. Para tal análise, ter-se-á como referência o personalismo tomista. Assim, este estudo concluirá<br />que: 1) o embrião criopreservado possui vida humana, pessoal e digna e, portanto, é sujeito de direito - desta forma,<br />sendo titular do direito inviolável à vida, e direito à dignidade - previstos, respectivamente, no caput do art. 5o e no<br />inciso III do art. 3o da Constituição Federal, sendo também titular do direito à integridade física, disposto no art. 13<br />do Código Civil, entre outros direitos. 2) o procedimento de Fertilização In Vitro, por permitir redução embrionária,<br />uso de embriões para experimento científico e seletividade cria, desta forma, uma relação de profunda subordinação<br />dos filhos perante seus pais. Para chegar à primeira conclusão, estudar-se-á algumas teorias biológicas sobre o início<br />da vida humana, passando para a antropologia tomista com o intuito de investigar a pessoalidade e dignidade desta<br />vida. Já a segunda conclusão derivará da aplicação prática destes conceitos dentro da análise do procedimento de<br />Fertilização In Vitro.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1910 RAZÃO PRÁTICA, SECULARISMO E LIBERDADE RELIGIOSA: O FLORESCIMENTO HUMANO A PARTIR DE JOHN FINNIS 2018-11-03T20:29:45+00:00 Marcela Santos Pimentel marcela.spimentel@gmail.com <p>Diante das dificuldades de comunicação entre uma linguagem do direito estritamente dogmática e aquela aberta a<br />valores morais, como é o caso dos Direitos Humanos, busca-se estabelecer uma ponte teórico-conceitual capaz de<br />permitir uma melhor proteção e promoção da liberdade religiosa. O presente trabalho tem como objetivo geral<br />investigar de que maneira a concepção da religião enquanto bem humano básico trabalhada pelo teórico do direito, o<br />jusnaturalista John Finnis, contribui para a construção de um conceito analítico de secularismo, e como este impacta<br />a ação do Estado para a proteção e promoção do bem comum coletivo e da liberdade no que tange à religião.<br />Objetiva-se de maneira específica, verificar o que é o bem humano básico da religião e o seu impacto para o<br />exercício da razão prática; em que medida o contexto de secularização das instituições afeta o exercício individual e<br />coletivo da religião; e se o Estado, no exercício do seu poder-dever em relação aos direitos fundamentais, deve<br />intervir para integrar a religião ao espaço de debate público, considerando relevância de se adotar uma postura<br />inclusiva no que tange a pluralidade dos discursos, para a composição e manutenção do corpo político de uma<br />sociedade. A pertinência do trabalho proposto ao tema geral se encontra na investigação da relevância do sagrado<br />enquanto"elemento constituidor do indivíduo, e da religião, como um bem fundamental para a realização humana integral.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1898 OS NÃO FILO DA SOPHIA: ANALISANDO A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA DO ENSINO MÉDIO 2018-11-03T20:29:44+00:00 Rafaela Miranda da Silva rafaela14miranda@gmail.com <p>O presente estudo se caracteriza como uma pesquisa de campo e tem por objetivo investigar e identificar qual a<br />visão do aluno ingresso na Universidade do Estado do Pará sobre a disciplina filosofia ministrada no ensino médio, e<br />qual a importância que ele atribui a essa disciplina, no ensino médio, no curso de graduação e na sua vida. Os<br />sujeitos da pesquisa de campo são graduandos do primeiro semestre nos cursos de Ciências da Religião, Filosofia,<br />Geografia e Pedagogia. Para alcançar esse objetivo buscamos analisar por meio de entrevistas orais e questionários o<br />ensino ministrado na disciplina de filosofia sob o olhar dos estudantes recém-chegados ao ensino superior, onde<br />tivemos a oportunidade de questioná-los sobre como se deu a prática pedagógica dentro de sala de aula, suas<br />primeiras impressões sobre a disciplina e qual a importância da disciplina para a sua formação critica e autônoma.<br />Para chegar aos objetivos propostos desenvolvemos uma pesquisa qualitativa com abordagem histórico-dialética.<br />Essa pesquisa ampara-se nos escritos de dois principais filósofos da educação Nietzsche (2003) e Freire (2002), na<br />confluência de suas ideias sobre a educação e a prática educacional.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1941 O ESCLARECIMENTO COMO DESPERTAR MORAL DO HOMEM: DA MINORIDADE À RAZÃO. 2018-11-03T20:29:44+00:00 Lucas Igreja Pereira lucasigreja15@gmail.com Antonia Caroline Lopes da Silva lucasigreja15@gmail.com <p>Este trabalho tem por objetivo explicitar as reflexões kantianas a respeito do esclarecimento tomando como base o<br />texto: "O que é o esclarecimento?" de 1783 e refletir as implicações resultantes desta concepção no que tange os<br />princípios morais e educacionais.Neste texto, Kant esboça seu conceito de esclarecimento baseado no principio da<br />liberdade. e este princípio deve ser entendido como característica apenas do estado civil. Para Kant, a saída do<br />homem do estado de natureza para a construção social é o eixo que o faz um animal no minimo estranho. Ao se<br />apresentar moralizado, o homem é agora, humano. Um ser detentor de liberdade, de escolha, e que precisa fazê-la sobre os domínios de sua</p><p>própria razão. A educação seria então o meio pelo qual o homem se constrói. O meio pelo qual se tona dono da sua<br />própria razão e se torna, assim, de fato, livre. Mostraremos que, na visão deste filósofo, a moralidade tem principio<br />no esclarecimento. Assim, destacaremos a atualidade desta percepção na proposta de uma "educação para o pensar"<br />que promova o exercício do esclarecimento.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1951 A ELEVAÇÃO DO INDIVÍDUO ATRAVÉS DA BILDUNG HEGELIANA 2018-11-03T20:29:44+00:00 Adriel Silva Pampolha adrielpampolha@gmail.com <p>Georg Wilhelm Friedrich Hegel obteve êxito em sua ampla teorização filosófica, percorrendo campos de estudos<br />diversificados com o cunho religioso-político e, posteriormente na maturidade, histórico-político. Não existindo vida<br />fora de seus esforços intelectuais, a obra hegeliana encontra-se imersa nas suas vivências cotidianas; sejam elas<br />incorporadas como o editor de jornais ou administrando colégios e universidades. Apesar do engajamento na<br />profissão de gestor educacional, o filósofo dedicou as produções visando o todo, a história e suas continuidades e<br />rupturas. Analisar os escritos do pensador em destaque possibilitou a compreensão do ordenamento da civilização<br />humana, sendo levantado na pesquisa a significação dos principais conceitos seguintes expostos: Espírito subjectivo,<br />Espírito objectivo e o Espírito absoluto. Sendo assim, após a breve explicação do sistema hegeliano, tornará centro<br />das especulações filosóficas a perspectiva educacional como concretizador do indivíduo social a partir da<br />"Fenomenologia do Espírito", conceito de cultura ou elevação societária, mais especificamente o conceito hegeliano<br />de "Bildung".</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1939 FRANCIS BACON: ACERCA DA CONCEPÇÃO DE VITÓRIA SOBRE A NATUREZA. 2018-11-03T20:29:43+00:00 Andrey Andrade andrey.andrade20@gmail.com <p>Quando Francis Bacon (1561-1626) afirma no aforismo III de sua mais importante obra, o Novum Organum (1620),<br />que: "(...) a natureza não se vence, se não quando se lhe obedece.", ou mesmo quando faz um convite aos<br />"verdadeiros filhos da ciência", estes: "(...) que estejam preocupados não com a vitória sobre os adversários por<br />meio de argumentos, mas na vitória sobre a natureza, pela ação (...)", não entendemos de pronto em qual sentido se<br />daria esta vitória, mas a partir da leitura de suas obras, sobre tudo da Nova Atlântida (1627); onde vislumbramos a<br />coexistência perfeita entre homem e natureza na ilha de Bensalém, bem como os benefícios que este tira da natureza<br />pelo advento da ciência da "Casa de Salomão". Percebemos então que esta concepção de maneira alguma poderia<br />estar ligada a de um progresso a qualquer custo, ou seja, a de um progresso à custa da própria natureza, o que<br />poder-se-ia equivocadamente concluir se se levasse em conta somente os maus exemplos do emprego da ciência em<br />nossos dias. Com vista ao aclaramento desta concepção, fizemos a aproximação com a leitura pormenorizada de<br />seções de outras obras do mesmo autor, como a do Progresso do Conhecimento (1605); Sabedoria dos Antigos<br />(1609) e Ensaios (1597).</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1905 DA INTERVENÇÃO ESTATAL A CRISE ECONÔMICA E SOCIAL: UM CONFRONTO EM FAVOR DA LIBERDADE 2018-11-03T20:29:44+00:00 Denner Leão da Silva dennerleao@gmail.com <p>Este artigo resultante de uma pesquisa teórica, no campo da economia e da filosofia, tem como objetivo expor<br />Através das obras de Ludwig Von Mises e Murray N. Rothbard Permeados por outros pensadores defensores da<br />liberdade do individuo como Frederic Bastiat, F. W. Nietzsche e Ayn Rand investigando a intervenção estatal e<br />como ela pode ser prejudicial para a liberdade independente de seus motivos ou seus fins. Reapresentar conceitos<br />esclarecidos pelos libertários do século XX como a definição de imposto, neoliberalismo, inflação, estado e livre<br />mercado. Desenvolver e analisar até as ultimas conseqüências as idéias que toda e qualquer intervenção é menos<br />valorosas e efetivas que a simples livre iniciativa de civis em serviço para seus iguais. Que o que começa com leis<br />de proibição moral e pode ir até uma ditadura; e como a intervenção pode gerar crises financeiras e sócias.<br />Demonstrar que a intervenção é o mecanismo que a maquina estatal tem para se manter viva. argumentar o que<br />acontece quando intervenções não forem administradas de forma coerente.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1886 O PROBLEMA DO DISCURSO IRÔNICO NA OBRA "UTOPIA" DE THOMAS MORE 2019-06-06T01:36:57+00:00 Vinícius Souza Palheta Dos Santos vinyhsantos0063@gmail.com <p>Este artigo cientifico é resultante de uma pesquisa teórico-bibliográfica e analisa a concepção de Utopia na Obra de"Thomas More, escrita em latim por volta de 1516. O termo "Utopia" foi inventado por More e usado por diversos"pensadores (Em especial: Fernando De Mello Moser (1927-1984) e Ivan Monteiro de Barros Lins (1904-1975)"ambos utilizados como referência neste presente artigo.), nela exemplifica a sua ideia de sociedade perfeita. Embora"essencialmente a palavra tenha significado de civilização ideal, imaginária e irrealizável, a "Utopia" de More"modificou o pensamento político, econômico, social e religioso moderno, assim como conduziu à novas concepções"sobre o termo. No presente artigo é apresentado a Ironia escondida no Livro I da Obra (Discurso do notável Rafael"Hitlodeu sobre a melhor das repúblicas, registrado pelo ilustre Thomas More, cidadão e vice-xerife da gloriosa"cidade de Londres), onde a partir do diálogo dos personagens é possível visualizar uma relação intima do"pensamento de More em Hitlodeu. Ao analisar a Obra de Thomas More a Utopia ganha caráter de fonte"transformadora da realidade, na qual sua ideia impulsionou vários intelectuais, tomando para eles a Utopia como"modelo.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1916 OS ARGUMENTOS CÉTICOS DE HUME CONTRA A EXISTÊNCIA DE UM MUNDO EXTERNO 2018-11-03T20:29:46+00:00 Dener de Souza Borges denerborgess@gmail.com O presente trabalho tem como objetivo analisar os principais argumentos do ceticismo de David Hume contra a<br />noção geral de existência do mundo e os argumentos apresentados pelos filósofos para justificar objetos contínuo e<br />distinto da mente. Será utilizado como fonte principal as obras: Tratado da natureza humana (2009) e Investigações<br />sobre o entendimento humano (2004). Durante essa análise será examinado o pensamento humano acerca da<br />natureza das percepções, mostrando ser sua conclusão contrária ao vulgo e ao sistema filosófico de sua época que<br />buscou justificar uma dupla existência: percepções e objetos externos, sendo estes responsáveis pelas primeiras. Em<br />seguida será apresentado o argumento de que a noção de existência contínua e distinta de objetos é uma forte crença<br />que se fundamenta principalmente com as impressões registradas na memória e ganham força por meio do hábito.<br />Por fim será apresentado as causas, como Hume demonstra, de um mundo contínuo e distinto da mente, mostrando<br />que essas causas não são suficientes para sustentar a crença em um mundo externo. Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1932 O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DIALÉTICO EM HEGEL 2018-11-03T20:29:46+00:00 Vitor Lucas Cordovil dos Santos vitorlucas1616@gmail.com <p>Este artigo objetiva discutir criticamente através de uma reflexão filosófica o processo de produção epistemológica<br />da filosofia dialética em Georg Hegel (1770-1831). A construção deste trabalho se baseou em uma pesquisa<br />bibliográfica, através da qual se apropriou das teses e ideias essenciais da Teoria Dialética formulada por este<br />eminente filósofo, os quais revolucionaram a maneira de ver a filosofia até então, como o Kantismo (doutrinas<br />referentes ao filósofo Immanuel Kant), nesta área de estudo. O grande avanço da Filosofia hegeliana, diz respeito às<br />novas conceituações sobre o objetivo final da Filosofia, o que abalaram fundamentalmente os alicerces desta<br />sapiência até então conhecida. Espero com este texto contribuir para o aprofundamento do debate filosófico sobre a<br />nova concepção metodológica da construção do conhecimento filosófico propiciado por Hegel e, ao mesmo tempo,<br />ratificar que os grandes filósofos e cientistas só reescrevem o seu nome na história da Filosofia e da Ciência quando<br />conseguem romper a metodologia tradicional que apresenta uma concepção estática e de descoberta do fato<br />filosófico enquanto fenômeno já dado, o que foi revolucionado pela nova concepção de filosofia de Georg Wilhelm<br />Friedrich Hegel.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1936 O PROBLEMA DA DIGNIDADE E LIBERDADE NA RENASCENÇA EM: PICO DELLA MIRANDOLA 2018-11-03T20:29:46+00:00 Juliana Rocha da Silva julianarocha-s@hotmail.com <p>Os estudos a cerca do renascimento não são estudos mortos, mas são cruciais para compreensão da construção da<br />cultura europeia e sua disseminação. A importância de voltar a assuntos passados é para compreender a origem da<br />nossa cultura e os grandes problemas da modernidade. "Aqueles que não conseguem lembrar do passado - como<br />escreveu George Santayana - estão condenados a repeti-los", por isso conhecer sob quais ideais a humanidade se<br />ergueu é uma questão fundamental para qualquer tempo. A nossa pesquisa quer abordar o tema da liberdade e<br />dignidade em Giovanni Pico Della Mirandola, autor daquilo que foi definido como uma espécie de manifesto da<br />cultura europeia do século XV "o discurso sobre a dignidade humana". É necessário considerar as ideias<br />humanísticas de liberdade e dignidade humanas como fundamentais e revolucionárias para a Europa. Assim como,<br />salientar a importância destas ideias diante dos acontecimentos do século XX, refletindo especialmente sobre<br />fascismo italiano versus a construção dos ideais iluministas. Pico trata da liberdade e do poder do homem na<br />natureza e apesar de ter vivido no século XV seu pensamento é muito significativo atualmente, especialmente no<br />contexto político brasileiro. Pico, trás de volta aos homens à fé em si mesmos. Assim como, o ser humano é capaz<br />de ser medíocre, diz ele, também pode ser o mais extraordinário entre todos os seres.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1891 A PORNOGRAFIA ENQUANTO AGENTE CORRUPTOR DE UMA SOCIEDADE 2018-11-03T20:29:41+00:00 Camille de Azevedo Alves camilledeazevedoalves@gmail.com <p>Abordar-se-ão os efeitos da pornografia, analisando como esta deprava e corrompe a sociedade e as relação sociais,<br />conforme apresentado por John Finnis. O primeiro efeito é a corrupção da imaginação, compreendido pelo estimulo<br />aos desejos e às imagens que afloram o egoísmo que, a seu turno, retira a mutualidade do ato sexual,<br />transformando-o em uma espécie de masturbação. A segunda maneira pela qual a pornografia deprava e corrompe é<br />produzindo um profundo desprezo pelas pessoas, compreendendo o outro como um objeto a ser usado. Essas formas<br />de corrupção da sociedade privam os indivíduos das relações humanas, que deveriam ser o foco de toda ação, como<br />por exemplo a amizade e o casamento. Por isso, não existe um nível normal de pornografia, assim como não existe um nível normal de escravidão. Logo, uma sociedade que permite que símbolos da degradação sexual ressoem com um grande fascínio em um meio de comunicação, por exemplo, está ensinando à sociedade que certas relações são mais gratificantes que outras. E, ainda que algumas pessoas deixem de adotar essa atitude em suas disposições e ações, isso deve ser à custa de uma profunda desintegração e dissociação de sua vida imaginativa e emocional. Portanto, a pornografia corrompe a sociedade, posto que a privacidade, o sigilo e a intimidade da relação sexual devem ser valorizados para que o ato não seja uma mera excitação dos sentidos e alívio da tensão e sim uma expressão clímax da afeição, da amizade e do amor que moldam a vida pública.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1931 UM CAMINHO PARA RELAÇÕES AFIRMATIVAS E EXISTENCIAIS: A ÉTICA EM MARTIN BUBER 2018-11-03T20:29:41+00:00 Benedito Conceição Monteiro Neto beneditomonteironeto@hotmail.com <p>Ética Este trabalho tem como objetivo apresentar a ética e a filosofia acerca das relações prático-social entre sujeitos<br />a partir da ótica de Martin Buber. Este, filósofo contemporâneo e judeu, elabora sua tese com base no<br />hassidismo(uma vertente judaica) e da relação com Deus, cuja finalidade reside no encontro com o Outro e na<br />preocupação com a vida em todo sua alteridade. Buber, por conseguinte, tece suas criticas ao condenar os seres<br />egóticos (aqueles que são incapazes de ver a totalidade do outro seres), por serem responsáveis pela dominação,<br />violência e ofuscamento do Outro, impossibilitando-os a sua manifestação existencial em sua totalidade. Desta<br />forma, Buber propõe as palavras-princípios das relações huamanas: Eu-tu e Eu-isso; e sugestiona uma relação do<br />encontro e do face-a-face através do diálogo e dialógico como meio de compreensão e transformação da realidade<br />em favor daqueles que não são vistos. Partindo em busca da comunhão, reciprocidade, atuação plena e autentica<br />entre os seres humanos.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1933 DO USO POSSÍVEL DA MATEMÁTICA PELA FILOSOFIA. 2018-11-03T20:29:41+00:00 Paulo Vitor De Souza Queiroz pqueirozufpa@gmail.com <p>Como sabemos, Kant sempre se preocupou em nos mostrar que a matemática e a filosofia são duas formas distintas<br />de conhecimento que nunca podemos misturar. O que elas têm em comum é que ambas são conhecimentos<br />racionais, portanto, independentes dos dados da experiência. A base da</p><p>organização de ambas é a estrutura lógica do nosso pensamento, enquanto que as ciências empíricas, além do<br />pensamento, necessitam, como ele diz, do testemunho da experiência. Apesar disso, Kant escreveu um pequeno<br />texto em sua fase pré-crítica em que defende o uso da matemática pela filosofia, e, surpreendentemente, na filosofia<br />moral. O nosso objetivo é analisar a utilidade de noções matemáticas no emprego à Filosofia prática,<br />especificamente, o conceito de grandeza negativa pensando-o na própria ideia de ser humano. Trata-se de esclarecer<br />como é possível, levando em considerações questões metafísicas, que Kant, com a ajuda do conceito matemático de<br />"grandeza negativa", tente solucionar um problema da filosofia moral, tão distante de assuntos teóricos.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1948 O PROBLEMA DA ORDEM SOCIAL: A ÉTICA DA PROPRIEDADE PRIVADA 2018-11-03T20:29:42+00:00 Endi Moraes da Silva endi_bro@hotmail.com <p>Este artigo, resultante de uma pesquisa teórico-bibliográfica, foi desenvolvido objetivando trazer a tona o Problema<br />da Ordem Social que, de forma geral, consiste existência de seres racionais que podem fugir ao conflito - em nome<br />do convívio social - pela argumentação e por consequência na busca de uma norma que seja universalmente<br />aplicável e com coerência em suas estruturas lógicas tendo como finalidade a prevenção e resolução de conflitos<br />interpessoais. Por conseguinte, foi visado fornecer uma resposta para este problema, onde a única solução<br />condizente com as exigências pode ser apenas a Lei de Propriedade, usada para definir a quem pertence o uso<br />exclusivo de cada recurso escasso, ademais, essa norma tem como sustentáculo básico a Ética Argumentativa do<br />filósofo libertário Hans-Hermann Hoppe, no que diz respeito a este autor, sua teoria ética é demonstravelmente<br />irrefutável, pois se baseia na estrutura transcendental apriori argumentação. Uma comunidade que faça o uso devido<br />da Lei de Propriedade necessariamente é uma sociedade de mercado e seguem um agrupamento por meio de uma<br />ordem espontânea, sem coerções, sem taxações arbitrárias por serviços que nunca foram solicitados, portanto, seria<br />um exemplo sem de uma sociedade sem instituições com essência análoga a das máfias.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1937 A MEDICINA SOCIAL COMO BASE PARA UMA BIOPOLÍTICA: LASTRO, EMERGÊNCIA 2018-11-03T20:29:46+00:00 Felipe Sampaio de Freitas felipesampaiodefreitas@gmail.com <p>A temática da vida, dentre tantos outros temas presentes na obra de Michel Foucault, possui profundo destaque,<br />emergindo através de suas análises históricas, em torno da interpretação dos mais variados momentos da<br />humanidade. É factual que, a partir da década de setenta, Foucault tenha nutrido profundo interesse pelo<br />entrelaçamento entre a análise do discurso, ou seja, estruturas de formações discursivas, de formação de enunciados;<br />com questões relativas ao poder e à verdade, no âmbito institucional, e, mais tarde, no macro aspecto da população.<br />Isto deu espaço, assim, para a análise da vida sob os termos conhecidos por biopolítica e biopoder. Apesar destes<br />termos serem desenvolvidos com mais frequência em obras como Histoire de la Sexualité I: la volonté de savoir<br />(1976); ou nos cursos Il faut défendre la société (1975/76); Securité, Territoire, Population (1977/78); Naissance de</p><p>la biopolitique (1978/79), Foucault já tinha tratado a respeito deles, anteriormente, em 1974, quando de sua<br />passagem pelo Brasil, para divulgar uma série de estudos acerca da história da medicina, na Universidade Estadual<br />do Rio de Janeiro. Esta ocasião é muito cara a nós, para o objetivo que se tem com esta apresentação que é o de<br />esclarecer os principais pontos do início deste termo (a biopolítica) na obra de Foucault, a fim de averiguarmos<br />como a discussão sobre a medicina é um forte viabilizador, "pedra-de-toque", para o lastro de sua obra. Para isto,<br />serão utilizados principalmente os textos iniciais em que dá-se vazão ao termo, qual seja, "Crise da medicina ou<br />crise da antimedicina?" e o famoso "O Nascimento da medicina social".</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1903 ETERNAMENTE PERDIDO EM SI MESMO 2018-11-03T20:29:45+00:00 Marcos Vinícius de Oliveira Monteiro ryuzaki_mddm@outlook.com José Lourenço Macedo Rodrigues ryuzaki_mddm@outlook.com <p>A violência cresce gradativamente na contemporaneidade, mais especificamente em países emergentes como o<br />Brasil. Tal fato, faz com que, se busque modos de explicar, e de certa forma, compreender a situação. É inegável que<br />houve muitos avanços, sejam eles teóricos, ou técnicos, onde o homem consegue cada vez mais chegar a horizontes,<br />antes, nunca atingidos. É nesse preludio que o que se chama comumente de "futuro" vem sendo moldado. Contudo,<br />a disparidade entre os avanços, e os retrocessos ficam eloquentes. Será que tal disparidade só começou a ocorrer nos<br />tempos atuais, ou ela já fazia refém os homens em outras épocas? A resposta é simples: a disparidade sempre<br />existiu, e talvez nunca deixe de existir. Para exemplificar isso, é possível estabelecer uma linha tênue histórica, onde<br />a Grécia Antiga será analisada adjunto da situação vivida hoje. Ambos os períodos possuem problemas, e<br />circunstâncias históricas bem diferentes, porém, não é por tais circunstâncias que a resposta irá derivar, e sim, de<br />algo em comum entre ambos, o ser. Usando os argumentos de Martin Heidegger, é possível quebrar toda a<br />"burocracia historicista" e definir o ser como centro de discussão, entrelaçando períodos tão longínquos, um deles<br />promulgava a escravidão, e no outro se vê uma violência banal cada vez mais constante. E em que sentido o ser é a<br />chave para tudo isso? Simples: É nele que se encontra o conhecimento de si mesmo, sendo este, o cerne tanto da<br />solução, quanto da promulgação do problema.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1943 "A NOITE DO MUNDO": O NASCIMENTO DA SUBJETIVIDADE E A PASSAGEM PELA LOUCURA 2018-11-03T20:29:46+00:00 Victor Hugo Amaro Moraes de Lima victorecreio@hotmail.com <p>Procura-se demonstrar, a partir da argumentação do filósofo Slavoj Žižek no primeiro capítulo do livro "O Sujeito<br />Incômodo", a concepção que o autor adquire com sua reinterpretação lacaniana dos escritos de Kant e Hegel, a<br />respeito das temáticas da subjetividade, loucura e da famosa passagem do jovem Hegel, sobre a "noite do mundo".<br />Na releitura feita das antinomias kantianas, que podem somente ser concebida como ou numênicas ou fenomênicas,<br />e reconhecer que o próprio encontro do domínio numênico é o da perda da espontaneidade inerente à liberdade<br />transcendental, observa-se que o mistério na liberdade transcendental kantiana coincide com o mistério da<br />imaginação transcendental: ambas são receptivas e ativas, entrando em um curto-circuito. E ao analisar a<br />ambiguidade das definições kantianas da síntese transcendental da imaginação, evocando a "noite do mundo" de<br />Hegel, este espaço negativo pré-ontológico de aparições parciais, propõe-se analisar ela como uma faculdade da<br />imaginação "ao avesso", identificando ela com a própria noite do mundo, como "potencial não revelado" desta<br />faculdade, e relacionando assim, com a definição de Hegel e Schelling de loucura, chega-se a concepção de que a<br />passagem por essa loucura, este recolhimento do espaço natural com aparições espectrais que apagam nossa visão<br />natural da realidade, é o gesto fundador do sujeito, como aquele que conseguem analisar, separar e "fatiar" os<br />fenômenos, a partir do seu próprio gesto de recolhimento.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1947 NIILISMO E MELANCOLIA: O MUTILAMENTO DO EU E O "ESPIRITO LIVRE" 2018-11-03T20:29:47+00:00 José Maria de Lima Neto josemaria313@gmail.com <p>A partir das ideias de Nietzsche sobre as categorias do niilismo e o conceito freudiano de melancolia se demonstra<br />as relações entre o sujeito melancólico e o individuo niilista-passivo. "Ao longo deste trabalho se debaterá as formas<br />pelas quais o sujeito chega ao estado niilista-melancólico e quais os traços dos conceitos que se ligam e qual<br />comportamento os autores sugerem para uma ‘existência ativa". "A critica ao niilismo" esclarece a condição<br />psicológica estabelecida com uma incansável busca monista, como se seu fim fosse abandonar a si mesmo em<br />função da totalidade. O sujeito melancólico tem por essência a passividade diante da realidade que o ‘’engole’’ e o<br />‘’escraviza’’, ou seja, a melancolia (independente dos mecanismos de defesa neuro psicóticos do aparelho psíquico)<br />fixa sua existência em momentos positivamente extasiantes na iminência de dissipar (tentar esquecer) experiências<br />extremamente opostas, sobre a qual o individuo compreende tão real quanto suas experiências positivamente<br />valoradas, contudo, viciando sua percepção psíquica a extrair uma imagem global, sempre parada, extasiada do<br />objeto, no outro . Nietzsche propõe uma vontade de potencia e Freud uma sublimação para fugir do comportamento<br />melancólico, o que outrora (a libido) era condicionado por objeto(s) e objetivo(s) da natureza sexual deve ser<br />revertido por objetos e objetivos da expressão do "espirito livre" por meio das artes, ciências, filosofias, etc</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1950 O PROCESSO EDUCATIVO NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE ICATÊ E A CONTRIBUIÇÃO DA FILOSOFIA AFRICANA NA FORMAÇÃO DO SUJEITO EMANCIPADO. 2018-11-03T20:29:44+00:00 Gilmara Natividade Damasceno gilmaradamasceno@outlook.com Sâmia Maírla Viana Pimentel gilmaradamasceno@outlook.com <p>O presente artigo possui como finalidade apresentar um trabalho de campo realizado na comunidade quilombola de<br />Icatú em Mocajuba (PA). E este foi realizado com o intuito de estudar, descobrir e analisar o processo educativo<br />nesta comunidade e seus reflexos no núcleo social, a educação oferece a perpetuação da cultura e isso é de<br />incomensurável importância, uma vez que ambas estão intimante ligadas. Ou seja, o trabalho porta como principal<br />objetivo analisar o projeto educacional adotado na escola local e como este constitui nos alunos a mentalidade de<br />suas origens, culturas e tradições. Nesse sentido, a pesquisa de campo realizada demonstra como a educação<br />quilombola, o convívio em comunidade, o contexto histórico, os projetos adotados pelos educadores para uma<br />melhor metodologia, se o ensino afro-brasileiro estão presentes na escola e de que forma são transmitidos para os<br />alunos. Essas questões foram estudadas em campo e em análise bibliográfica, para se ter um desenvolvimento crítico<br />a respeito de uma comunidade quilombola; também, uma situação averiguada é a de como a filosofia africana possui<br />a função de contribuir para a emancipação do sujeito negro, uma vez que sem essa emancipação o mesmo nunca<br />poderá ser sujeito de sua própria história</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1915 DUALISMO SUBSTANCIAL CARTESIANO E A HIPÓTESE DA INTERAÇÃO MENTE-CORPO 2018-11-03T20:29:46+00:00 Eloísa Camarão Oliveira eloisaoliveira782@gmail.com <p>O presente trabalho tem por objetivo primeiro, fazer uma contextualização referente a Filosofia da mente, que trata<br />de assuntos e especulações a respeito da natureza do fenômeno mental. E ao Dualismo Substancial Cartesiano,<br />doutrina Filosófica onde Descartes disserta acerca da dupla substância do homem e dos seus atributos, aqui o<br />indivíduo é composto por um corpo e uma mente. Depois, fazer uma exposição do indivíduo Cartesiano, que se<br />equivale a experiência, que emana do sentido, tornando válido o estímulo-resposta. Para assim poder apresentar a<br />hipótese da interação mente-corpo a partir das paixões, o pensamento, a formulação de uma ideia, levando a uma<br />resposta corporal demonstrando de forma especulativa que de uma ação externa nasce uma paixão e, desta paixão<br />nasce a interação. Justificaremos tal hipótese com os argumentos usados pelo autor, nas suas obras, faremos uma<br />leitura em forma de viagem, percorrendo os capítulos e tópicos de sua obra que tratam tanto da distinção entre mente<br />e corpo quanto da sua suposta interação, desde o seu início, trabalharemos a fins as obras: As paixões da alma,<br />Meditações Metafísicas, Os princípios da Filosofia e Regras para a direção do Espírito.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1921 O "EU" TRÁGICO ENTRE A VIDA E A ARTE: GRITOS E SILÊNCIOS EM OS SOFRIMENTOS DO JOVEM WERTHER, DE GOETHE. 2018-11-03T20:29:40+00:00 Alan Barbosa Guimarães alanguimaraes394@yahoo.com <p>No presente trabalho busco pensar o "eu" sob o contexto do trágico, tecendo não apenas uma reflexão conceitual,<br />mas direcionando o debate para "Os sofrimentos do jovem Werther", de Goethe, no sentido de destacar as<br />concepções de dor e amor, que ao longo da narrativa da obra se mostram por meio de dois recursos, que classifico<br />como gritos e silêncios. A natureza trágica do personagem</p><p>goethiano será ressaltada a partir da concepção kierkegaardiana de sofrimento, como uma condição que pode ser<br />pensada a partir de aspectos variados de expressão do pathos, como o estético, o ético e o religioso. O sofrimento é<br />inerente à própria existência humana, aspecto concentrado pelo pensador alemão na figura do jovem Werther. O<br />incômodo do personagem é o mesmo que afeta a existência de seres reais. Destacar seu caráter trágico, é mostrá-lo<br />sob a perspectiva de uma estrutura psíquica abalada por um profundo sofrimento; a angústia e o desespero de não<br />caber em si, o incomoda a ponto de saltar o plano contingencial, marcado pela busca do Absoluto. A recusa do<br />sofrimento, categoria trabalhada por Kierkegaard, encontra no suicídio, o alívio para as inquietações de um eu<br />atormentado; Goethe registra o processo de desintegração do psiquismo de Werther, a partir de elementos poéticos e<br />estéticos, enfatizando a índole trágica do protagonista do romance.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1952 O FASCISMO ATRAVÉS DA CULTURA A PARTIR DE NIETZSCHE E ADORNO. 2018-11-03T20:29:41+00:00 Sam Alves Sousa archegnosis@gmail.com <p>Percebendo a grande influência de Wagner na Alemanha moderna do século XIX, Nietzsche não deixa de pôr sob<br />suspeita os valores pregados com o wagnerianismo, a brutalidade da arte, ideologias arianas e sua musica<br />fragmentada e decadente. A resistência a Wagner, é como resistência a uma doença, uma doença a qual vem<br />consumindo o povo alemão e a cultura, tonando-se um símbolo da décadence, se alastrando como epidemia pela<br />Alemanha. O objetivo deste trabalho é demonstrar ideias interpretadas como fascismo podem avançar através da<br />arte, além de incorporar a cultura cotidiana para Nietzsche, tendo mais tarde influencia sobre a visão de Adorno,<br />onde o fascismo pode se fazer presente através da Industria Cultural, com estratégias usadas semelhantes as do<br />Nazismo no passado. A partir do desenvolvimento tecnológico das mídias e produtos padronizados, com o objetivo<br />de sufocar o pensamento crítico e alimentar a alienação. Para Adorno, padronização atinge o ideal Wagneriano de<br />cultura, tudo é passado pelos mesmos filtros e repetições em lugares diferentes. É isto que acontece com meios de<br />reprodução midiática. O viés ideológico da indústria cultural é tão forte, que Adorno compara a utilização da rádio<br />pela indústria, com utilização do rádio pelo nazismo, a música estandardizada, os anúncios aparentemente<br />inofensivos, servem a um propósito "demoníaco" da venda de almas para a indústria.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará https://periodicos.uepa.br/index.php/filosofianaamazonia/article/view/1928 ENRIQUE DUSSEL, LEITOR DE HEGEL: UMA CRÍTICA À RAZÃO DIALÉTICA E UMA PROPOSTA DE RAZÃO ANALÉTICA. 2018-11-03T20:29:46+00:00 Henrique de Moraes Junior henriquemoraesjr@gmail.com <p>O artigo tematiza a Filosofia da Libertação de Enrique Dussel, com o objetivo de refletir sobre a articulação entre<br />modernidade, paradigma eurocêntrico e paradigma mundial. Nesse sentido, o artigo desenvolve a discussão sobre<br />racionalidade e irracionalidade da modernidade (mito da modernidade) e a sua transmodernidade (superação), pois<br />guarda relação direta com a questão do método dialético negativo com negação da alteridade no sistema filosófico<br />hegeliano de totalidade eurocêntrica e aponta o movimento analético como superação, ampliação e libertação do<br />método dialético negativo. Infere-se, Dussel ao colocar em questão a suposta superioridade do paradigma moderno<br />eurocêntrico pelo paradigma mundial como sistema-mundo e o mito da modernidade civilizatória dos bárbaros<br />(outros), sendo superado na transmodernidade, no qual o Outro plural e distinto com igualdades ontológicas,<br />epistemológicas, políticas e culturais. Critica a dialética de Hegel como método filosófico que nega e elimina o<br />Outro em ser, tendo como referência o mesmo na totalidade e propõe o método analético como libertação da<br />negação do Outro na totalidade, por meio do qual reconhece e legitima o outro como ser ontológico, epistemológico<br />e cultural. Neste estudo a revisão bibliográfica é a estratégia metodológica utilizada.</p> Copyright (c) 2018 FILOSOFIA NA AMAZÔNIA. Periódico Eletrônico da Universidade do Estado do Pará