O FASCISMO ATRAVÉS DA CULTURA A PARTIR DE NIETZSCHE E ADORNO.

Autores

  • Sam Alves Sousa archegnosis@gmail.com

Resumo

Percebendo a grande influência de Wagner na Alemanha moderna do século XIX, Nietzsche não deixa de pôr sob
suspeita os valores pregados com o wagnerianismo, a brutalidade da arte, ideologias arianas e sua musica
fragmentada e decadente. A resistência a Wagner, é como resistência a uma doença, uma doença a qual vem
consumindo o povo alemão e a cultura, tonando-se um símbolo da décadence, se alastrando como epidemia pela
Alemanha. O objetivo deste trabalho é demonstrar ideias interpretadas como fascismo podem avançar através da
arte, além de incorporar a cultura cotidiana para Nietzsche, tendo mais tarde influencia sobre a visão de Adorno,
onde o fascismo pode se fazer presente através da Industria Cultural, com estratégias usadas semelhantes as do
Nazismo no passado. A partir do desenvolvimento tecnológico das mídias e produtos padronizados, com o objetivo
de sufocar o pensamento crítico e alimentar a alienação. Para Adorno, padronização atinge o ideal Wagneriano de
cultura, tudo é passado pelos mesmos filtros e repetições em lugares diferentes. É isto que acontece com meios de
reprodução midiática. O viés ideológico da indústria cultural é tão forte, que Adorno compara a utilização da rádio
pela indústria, com utilização do rádio pelo nazismo, a música estandardizada, os anúncios aparentemente
inofensivos, servem a um propósito "demoníaco" da venda de almas para a indústria.